02/03/2009

Mulheres expressam-se melhor que homens em mensagens de texto

Redação do Diário da Saúde
Mulheres expressam-me melhor do que homens em mensagens de texto
Tela do canal AllMusic, vendo-se na parte de baixo as mensagens trocadas entre os participantes.[Imagem: Ned Shaw/Indiana University]

Homens@Vênus, Mulheres@Marte

O livro Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus e seus estereótipos dos gêneros sobre como os dois sexos se comunicam, continua gerando amplo debate mas duas pesquisadoras da Universidade de Indiana (Estados Unidos) confirmaram uma coisa: quando homens e mulheres conversam por meio de equipamentos eletrônicos, são as mulheres que são mais expressivas.

Em um artigo publicado no último exemplar do jornal Written Communication, Susan Herring e Asta Zelenkauskaite demonstram que, enquanto os homens historicamente falam mais em público, quando o intercâmbio se dá via mensagens de texto em um ambiente público - neste caso no canal de música interativo Allmusic, da TV italiana - são as mulheres que se expressam melhor, usando melhor as abreviações e mais emoticons.

Resultado paradoxal

"As mensagens têm muito mais a ver com flertes e muito pouco a ver com o show mostrado na TV," explica Herring. "Aqui nós descobrimos resultados que são paradoxais, que são o oposto dos padrões de gênero sociolinguístico tradicionais."

Tradicionalmente, as mulheres usam a linguagem padrão mais do que os homens, em parte porque isto é visto como uma moeda simbólica para uma ascensão social.

"As mulheres têm usado historicamente a linguagem padrão quando elas querem ascender socialmente, ou quando querem ser percebidas acima de sua situação atual. Os homens falam mais; as mulheres são mais polidas," diz a pesquisadora.

Comunicando-se por texto

Mas esta "verdade histórica" cai por terra quando a comunicação é mediada por aparatos tecnológicos, como os serviços de mensagens de texto (SMS).

As mulheres postam mensagens maiores e em maior número do que os homens, além de usar mais e melhor as técnicas de comunicação não-padrão, como abreviaturas e emoticons. Elas também superaram mais frequentemente o limite de 160 caracteres permitidos para as mensagens.

Agora as pesquisadoras querem descobrir se os resultados se sustentam quando a discussão online abrange outros tópicos, como política, economia ou notícias em geral.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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