16/03/2021

Nanodiamantes fluorescentes permitem monitorar células vivas de dentro

Redação do Diário da Saúde
Nanodiamantes fluorescentes permitem monitorar células vivas de dentro
Os nanodiamantes fluorescentes são produzidos industrialmente, o que os torna baratos.[Imagem: Elke Hebisch et al. - 10.1002/smll.202006421]

Nanodiamantes em células

Por mais estranho que pareça, muitos cientistas têm tentado colocar diamantes extremamente pequenos dentro de células vivas.

Por que? Porque esses nanodiamantes são consistentemente brilhantes e podem nos dar um conhecimento único sobre a vida interna das células por um longo tempo.

Agora, pesquisadores Suécia conseguiram finalmente injetar um grande número desses nanodiamantes diretamente no interior de células sem matá-las.

Nanodiamantes para "filmar" células

Os diamantes não são procurados apenas por sua beleza, mas também por suas propriedades luminescentes exclusivas - ao contrário de outros materiais fluorescentes, eles não branqueiam.

"Na verdade, pensamos neles como um corante. Além disso, são biocompatíveis," explicou Elke Hebisch, pesquisadora da Universidade Lund.

Junto com a professora Christelle Prinz, ela "injetou" diamantes nanométricos fluorescentes em células vivas, o que está permitindo monitorar o que acontece dentro da célula ao longo do tempo, ao contrário das técnicas atuais, que consistem apenas em fotografias estáticas da célula.

Nanodiamantes fluorescentes permitem monitorar células vivas de dentro
Diagrama esquemático da técnica de inserção dos nanodiamantes nas células vivas.
[Imagem: Elke Hebisch et al. - 10.1002/smll.202006421]

Para saber o que?

O que os pesquisadores gostariam de saber usando esses nanodiamantes brilhantes?

Pode ser sobre como as células saudáveis se distanciam das células doentes, como alvejar proteínas causadoras de doenças e outras proteínas dentro de uma célula específica, ou monitorar variações nos níveis de temperatura e pH.

O conhecimento adquirido pode ser pura pesquisa básica, mas também pode ser usado para entender doenças e desenvolver medicamentos.

A mesma técnica poderia eventualmente ser usada para transportar outras moléculas, a fim de alterar as células ou curar células doentes.

A propósito, o uso de nanodiamantes não sai caro: As quantidades necessárias são extremamente pequenas e esses nanodiamantes são fabricados industrialmente. Eles são comprados em uma garrafa onde ficam suspensos em água e custam o mesmo que anticorpos comuns.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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