26/09/2016 Nanoestrelas matam bactérias sem desenvolver resistênciaRedação do Diário da Saúde
As nanoestrelas e seus múltiplos "tentáculos" matam as bactérias fisicamente. [Imagem: Shu Lam et al. - 10.1038/nmicrobiol.2016.162]
Nanoestrelas Pequenas moléculas em forma de estrela são capazes de matar as superbactérias, microrganismos que os antibióticos atuais já não conseguem mais destruir. As estruturas em forma de estrela são cadeias curtas de proteínas denominadas polímeros peptídicos e podem se tornar uma nova arma na luta contra as bactérias resistentes aos antibióticos. "Houve apenas um ou dois novos antibióticos desenvolvidos nos últimos 30 anos e estima-se que o surgimento das superbactérias possa causar até dez milhões de mortes por ano até 2050," comentam Greg Qiao e Shu Lam, da Universidade de Melbourne (Austrália), criadores do novo fármaco. Sem toxicidade A equipe demonstrou que suas nanoestrelas são extremamente eficazes na eliminação de bactérias Gram-negativas - uma importante classe de bactérias altamente propensas à resistência aos antibióticos - sem apresentar toxicidade para o organismo. Na verdade, os testes efetuados em glóbulos vermelhos do sangue mostraram que a taxa de dosagem das moléculas em forma de estrela precisaria ser aumentada em 100 vezes para que elas se tornassem tóxicas. O polímero também mostrou-se eficaz em matar os supermicróbios quando testado em modelos animais. Além disso, as superbactérias não apresentaram sinais de resistência contra estas nanopartículas peptídicas porque elas matam as bactérias por múltiplas vias, diferentemente da maioria dos antibióticos, que agem por uma única via. Nova rota Embora mais pesquisas sejam necessárias antes que as nanoestrelas possam ser compradas na farmácia, o professor Qiao e sua equipe acreditam que sua descoberta inaugura uma nova rota rumo a novos tratamentos contra as bactérias resistentes aos antibióticos. Os resultados foram publicados na revista Nature Microbiology. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |