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06/12/2023 Nanoplásticos promovem condições para desenvolvimento da doença de ParkinsonRedação do Diário da Saúde![]()
Nanopartículas de plástico (verde), visíveis ao microscópio, misturadas com agregados de proteínas (vermelho) em lisossomos neuronais (azul). Tipicamente, as concentrações dos agregados proteicos são tão pequenas que não seriam viáveis a este nível.[Imagem: Duke Health]
Plásticos e Parkinson O problema da poluição dos nanoplásticos pode ser ainda pior do que os cientistas imaginavam. Plásticos descartados inadequadamente se quebram em pedaços muito pequenos e se acumulam na água e nos alimentos. Chamados de microplásticos ou nanoplásticos, dependendo das dimensões, eles foram encontrados no sangue da maioria dos adultos em um estudo recente. O que agora se descobriu é que essas partículas minúsculas de plástico interagem com uma proteína específica que se encontra naturalmente no cérebro, criando alterações ligadas à doença de Parkinson e a alguns tipos de demência. "Nosso estudo sugere que o surgimento de micro e nanoplásticos no meio ambiente pode representar um novo desafio de toxinas no que diz respeito ao risco e progressão da doença de Parkinson," disse o Dr. Andrew West, da Universidade de Duke (EUA). "Isto é especialmente preocupante dado o aumento previsto nas concentrações destes contaminantes nas nossas fontes de abastecimento de água e alimentos." Monitoramento necessário Os pesquisadores descobriram que nanopartículas do plástico poliestireno - normalmente encontradas em itens de uso único, como copos e talheres descartáveis - atraem uma proteína conhecida como alfa-sinucleína, fazendo-a acumular-se. O Dr. West afirmou que as descobertas mais surpreendentes do estudo são as ligações estreitas formadas entre o plástico e a proteína dentro da área do neurônio onde ocorrem essas acumulações, o lisossoma. Os acúmulos proteínas-plásticos ocorreram nos três modelos diferentes utilizados no estudo: Em tubos de ensaio, em neurônios cultivados em laboratório e em camundongos modelos da doença de Parkinson. "Embora os contaminantes microplásticos e nanoplásticos estejam sendo avaliados de perto quanto ao seu impacto potencial no câncer e nas doenças autoimunes, a natureza impressionante das interações que pudemos observar em nossos modelos sugere a necessidade de avaliar o aumento dos contaminantes nanoplásticos no risco e na progressão da doença de Parkinson e da demência," concluiu West. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |