22/02/2017
O que seu corpo experimenta quando você sente amor
Redação do Diário da Saúde
 
 
Os exames também mostraram que o sentimento positivo gerado pela visão do rosto de pessoas amadas funciona como um protetor contra o estresse.   [Imagem: UGR] 
 
Taquicardia emocional 
Cientistas da Universidade de Granada (Espanha) afirmam ter realizado os estudos mais completos já feitos até hoje sobre os mecanismos fisiológicos que envolvem o amor nas pessoas, medindo os efeitos tanto em nível central (isto é, no cérebro) quanto no nível periférico (coração, músculos e suor). 
A conclusão é que, quando uma pessoa está apaixonada e contempla uma fotografia do rosto da pessoa amada produz-se uma "taquicardia emocional": o coração sofre uma desaceleração inicial, diminuindo a frequência cardíaca durante alguns poucos segundos e, em seguida, acelera rapidamente. 
O fenômeno ocorre igualmente quer se trate de um parceiro romântico ou de uma pessoa querida da família, como um dos pais, afirmam os professores Jaime Vila Castellar e Pedro Guerra Muñoz, idealizadores do estudo. 
Além disso, em um efeito que surge em apenas 1,5 segundo olhando para uma foto da pessoa amada, aumentam a transpiração e a condutividade elétrica e gera-se uma ativação do músculo facial zigomático, que é responsável pelo sorriso. O sorriso ocorre mais nas mulheres do que nos homens, o que a equipe especula ser devido a questões culturais, uma vez que as mulheres têm uma maior capacidade de expressar suas emoções do que os homens. 
Finalmente, no nível central, a atividade cerebral é muito maior quando olhamos para fotos de pessoas queridas do que quando olhamos para fotos de pessoas desconhecidas. 
Susto para medir o estresse 
Além de revelar o padrão fisiológico, os exames mostraram que o sentimento positivo gerado pela visão do rosto de pessoas amadas funciona como um protetor contra o estresse. 
Para mensurar isto, a equipe idealizou um experimento curioso: enquanto os voluntários olhavam as fotos, era-lhes dado um susto, mediante um forte som pelos fones de ouvido. Os dados revelaram que o sobressalto causado pelo susto era significativamente menor quando os participantes estavam olhando para um rosto amado do que para um rosto desconhecido. 
Para realizar esta pesquisa, a equipe contou com a ajuda de voluntários, homens e mulheres, com idades entre 20 e 29 anos, e usou fotografias de pessoas queridas de cada voluntário, com a exigência de que fossem fotos emocionalmente neutras, sem expressão de alegria ou de tristeza, que poderiam interferir com a reação dos participantes. Cada foto era olhada por quatro segundos enquanto todos os exames eram realizados. 
  
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br
URL:   
A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. 
Copyright 2006-2023 www.diariodasaude.com.br. Cópia para uso pessoal. Reprodução proibida. 
 |