29/05/2014 Olho biônico começa a ser implantado em pacientesRedação do Diário da Saúde
Os impulsos são transmitidos sem fios para a prótese e o conjunto de eletrodos na superfície da retina. [Imagem: Kellogg Retinal Dystrophy Clinic]
Atualização - 18/02/2022 Atenção: A empresa responsável pela fabricação e implantação do dispositivo coberto por esta reportagem está sendo acusada de retirar o implante do mercado e deixar os pacientes sem peças de reposição para consertar seus olhos biônicos Argus II. A reportagem não foi alterada: Use suas informações com prudência. Argus II Cirurgiões realizaram os primeiros implantes de uma nova tecnologia que consegue restaurar parcialmente a visão de pacientes cegos. A retina artificial, ou "olho biônico", que foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration - EUA) no final do ano passado, foi implantada em dois pacientes na Universidade de Michigan. O olho biônico - chamado Sistema de Prótese Retinal Argus II - foi desenvolvido para pacientes que perderam a visão por retinite pigmentosa, uma doença degenerativa dos olhos. A retinite pigmentosa é uma doença degenerativa da retina, hereditária, que causa uma lenta mas progressiva perda de visão devido a uma perda gradual das células da retina sensíveis à luz, chamadas cones e bastonetes. Recuperação e treinamento Os cirurgiões realizaram o primeiro implante em 16 de janeiro e um segundo implante em 22 de janeiro. Contudo, o anúncio só foi feito agora porque a prótese de retina não é ativada até que o paciente tenha-se recuperado suficientemente da cirurgia. Além disso, o paciente deve ser submetido a um treinamento para se adaptar à nova visão, um processo que pode durar de um a três meses. "Estamos satisfeitos com o progresso de ambos os pacientes neste momento, e estamos esperançosos e otimistas de que a retina artificial lhes permitirá ver objetos, luzes e pessoas diante deles," diz Thiran Jayasundera, que fez os implantes juntamente com seu colega David Zacks. Como funciona a retina artificial O olho biônico é implantado cirurgicamente em um dos olhos. O indivíduo precisa usar óculos equipados com uma câmera que captura as imagens e as converte em uma série de pulsos elétricos fracos. Os impulsos são transmitidos sem fios para a prótese e o conjunto de eletrodos na superfície da retina. Esses pulsos estimulam os cones e bastonetes remanescentes na retina, resultando na percepção de padrões de luz no cérebro. O paciente então aprende a interpretar esses padrões visuais, recuperando assim alguma função visual. Isso é suficiente para que a pessoa localize luzes e janelas, ande por uma faixa de pedestres ou evite trombar com as coisas enquanto caminha. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |