26/09/2014

Paciente deve discutir tratamentos de radiação

Com informações da Astro

Tratamentos não apropriados

A Sociedade Norte-Americana para Radiação Oncológica (ASTRO na sigla em inglês) anunciou uma lista de cinco tratamentos oncológicos de radiação que são comumente prescritos pelos médicos, mas nem sempre são apropriados para os pacientes com câncer.

O anúncio é parte da campanha Escolhendo Sabiamente, uma iniciativa que procura estimular a discussão médico-paciente para a escolha dos tratamentos mais adequados a cada situação.

A lista, elaborada na forma de orientação aos médicos, identifica cinco opções de tratamento que a ASTRO recomenda que sejam detalhadamente discutidos pelo médico e pelo paciente antes que este aceite a prescrição.

Não recomende radiação após histerectomia para pacientes com câncer de endométrio com doença de baixo risco.
Estudos de meta-análise de radioterapia para o câncer endometrial de baixo risco demonstram maiores efeitos colaterais, sem nenhum benefício na sobrevida global em comparação com a cirurgia isoladamente.
Não ofereça radioterapia rotineiramente para pacientes que tenham feito ressecção de carcinoma de pulmão de células não pequenas.
Os pacientes com carcinoma de pulmão de células não pequenas em estágio inicial têm várias opções de cuidados após a cirurgia. Essas opções incluem a observação, a quimioterapia e a radioterapia. Dois estudos de meta-análise de radioterapia pós-operatória desse câncer em estágio inicial sugerem aumento dos efeitos colaterais sem nenhum benefício para a sobrevida livre de doença ou sobrevida global em comparação com a observação.
Não inicie terapia de radiação não-curativa sem definir os objetivos do tratamento com o paciente e considerar o encaminhamento para cuidados paliativos.
Metas bem definidas de terapia estão associadas com melhor qualidade de vida e um melhor entendimento por parte dos pacientes e seus cuidadores. Os cuidados paliativos podem ser aplicados simultaneamente com as terapias anticâncer. Os cuidados paliativos que começam mais cedo podem melhorar os resultados para o paciente, incluindo a sobrevivência.
Não recomende mamografias de acompanhamento mais do que uma vez por ano para mulheres que receberam radioterapia após a cirurgia conservadora da mama.
Estudos indicam que mamografias anuais são a frequência adequada para vigilância de pacientes com câncer de mama que tiveram a cirurgia conservadora da mama e radioterapia, sem vantagem clara para intervalos mais curtos. As pacientes devem esperar de seis a 12 meses após a conclusão da terapia de radiação para começar as mamografias anuais.
Não inclua radioterapia cerebral total adjuvante para radiocirurgia estereotáxica para metástases cerebrais limitadas.
Estudos randomizados não demonstraram nenhum benefício de sobrevida global da adição de terapia de radiação adjuvante de todo o cérebro para radiocirurgia estereotáxica na gestão de pacientes selecionados com bom desempenho e metástases cerebrais por tumores sólidos. Essa adição está associada a perdas de funções cognitivas, pior qualidade de vida e maior fadiga.

"A ASTRO está decidida a apoiar uma forte relação médico-paciente para assegurar que os pacientes possam tomar decisões sólidas e bem informadas sobre seus cuidados de saúde. As listas da ASTRO fornecem recomendações baseadas em evidências que vão promover conversações detalhadas, de forma que os pacientes recebam tratamentos oncológicos por radiação adequados e de alta qualidade," disse Colleen Lawton, presidente da entidade.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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