10/04/2023

Pacientes e médicos não recebem informações adequadas sobre medicamentos contra o câncer

Com informações do CSIC

Falta de informações

Uma equipe de pesquisadores de várias universidades e institutos de cinco países chegaram a conclusões preocupantes quando analisaram as informações que os médicos e pacientes recebem sobre os medicamentos para tratar os diversos tipos de câncer.

Courtney Davis e seus colegas pegaram as informações que chegam ao público em geral e aos pacientes sobre os medicamentos oncológicos (bulas, folhetos informativos e informações aos profissionais médicos) e então as compararam com as informações que as entidades reguladoras solicitaram e receberam quando aprovaram cada medicamento.

A equipe encontrou diferenças em questões importantes, que resultam em má comunicação sobre aspectos que influenciam o conhecimento e a tomada de decisão dos pacientes sobre os benefícios e riscos desses medicamentos.

Por exemplo, as informações aos pacientes sempre incluem a composição do medicamento e seu mecanismo presumido de ação, mas nenhuma informação pública, incluindo a bula do medicamento, inclui o número e como foram feitos os estudos para teste do medicamento, quantas pessoas participaram dos ensaios, a taxa de sobrevivência e os benefícios em termos de qualidade de vida.

Na verdade, a equipe afirma que o exagero na quantidade de informações sobre o funcionamento do medicamento que é fornecida aos pacientes pode até levar a interpretações errôneas, já que pode superestimar as evidências sobre sua eficácia.

Os pesquisadores também detectaram uma falta de informação sobre a força e a qualidade das evidências e até mesmo a distinção entre se o medicamento é preventivo, terapêutico ou paliativo.

"No que diz respeito à saúde, a comunicação deve ser rigorosa, completa e acessível, fácil de entender, mas também deve inspirar confiança. Ela deve conter os benefícios e riscos identificados e cabe aos órgãos reguladores fiscalizar para que essa informação chegue aos pacientes," comentou a cientista Mercedes Jiménez, do Conselho Nacional de Pesquisas da Espanha.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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