23/09/2022

Vá em frente, peça ajuda. As pessoas ficam felizes em ajudar

Redação do Diário da Saúde
Como pedir ajuda
A verdade é que a maioria de nós é profundamente pró-social e quer fazer uma diferença positiva na vida dos outros[Imagem: Michal Jarmoluk/Pixabay]

Dificuldade de pedir ajuda

As pessoas subestimam regularmente a vontade dos outros em ajudá-las.

Evitamos pedir ajuda porque não queremos incomodar outras pessoas, e fazemos isso porque assumimos que nosso pedido será um inconveniente para elas.

Mas, muitas vezes, a verdade é o oposto disso: Todos queremos fazer a diferença na vida das pessoas e nos sentimos felizes quando somos capazes de ajudar os outros.

Esta a conclusão das pesquisas de Xuan Zhao e Nicholas Epley, da Universidade de Stanford (EUA).

O trabalho dos dois psicólogos sociais se concentra em ajudar as pessoas a criar melhores interações sociais, pessoalmente e online, onde elas se sintam vistas, ouvidas, conectadas e apreciadas.

Nesta nova pesquisa, eles analisaram como pedir ajuda pode levar a experiências significativas e fortalecer relacionamentos com outras pessoas, amigos ou mesmo estranhos.

"Há várias razões comuns pelas quais as pessoas tentam evitar pedir ajuda. Algumas pessoas podem temer que pedir ajuda as faça parecer incompetentes, fracas ou inferiores. Uma pesquisa recente da estudante de doutorado de Stanford, Kayla Good, descobriu que até crianças de sete anos podem manter essa crença.

"Algumas pessoas ficam preocupadas em serem rejeitadas, o que pode ser embaraçoso e doloroso. Outras podem estar preocupadas em sobrecarregar e incomodar os outros - um tópico que explorei recentemente. Essas preocupações podem parecer mais relevantes em alguns contextos do que em outros, mas são todas muito relacionadas e muito humanas," contextualizou Zhao.

A boa notícia é que essas preocupações são, na maior parte das vezes, exageradas e equivocadas.

Feliz em ajudar

A questão envolvida parece ser que, quando as pessoas precisam de ajuda, elas ficam presas em suas próprias preocupações e ansiedades e não reconhecem totalmente as motivações pró-sociais daqueles que estão ao seu redor e que estão prontos para ajudar. Isso introduz uma diferença persistente entre como os solicitantes de ajuda e os potenciais ajudantes consideram o mesmo evento.

Para testar essa hipótese, os dois psicólogos realizaram vários experimentos nos quais as pessoas interagiam diretamente umas com as outras para buscar e oferecer ajuda, ou imaginavam ou relembravam tais experiências na vida cotidiana.

"Nós observamos de modo consistente que aqueles que buscavam ajuda subestimavam o quanto estranhos - e até amigos - estavam dispostos a ajudá-los e como os ajudantes se sentiriam positivos depois, e superestimavam o quanto os ajudantes se sentiriam incomodados.

"Esses padrões são consistentes com o trabalho do psicólogo Dale Miller, de Stanford, mostrando que, ao pensar sobre o que motiva outras pessoas, tendemos a aplicar uma visão mais pessimista e autointeressada sobre a natureza humana. Afinal, as sociedades ocidentais tendem a valorizar a independência, então pedir aos outros que saiam da sua rotina e façam algo por nós pode parecer errado ou egoísta, e pode impor uma experiência um tanto negativa ao ajudante," disse Zhao.

Mas isso são sobretudo preconceitos, e a verdade é que a maioria de nós é profundamente pró-social e quer fazer uma diferença positiva na vida dos outros, concluíram os pesquisadores.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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