14/04/2023

Problemas de sono aumentam fortemente risco de AVC

Redação do Diário da Saúde
Problemas de sono aumentam fortemente risco de AVC
"Nossos resultados sugerem que os problemas do sono devem ser uma área de foco para a prevenção do AVC," disse a Dra Christine McCarthy. [Imagem: University of Galway]

Sono e derrame

Ao estudar pacientes com problemas de sono, pesquisadores confirmaram que esses pacientes têm maior risco de sofrer derrame, ou acidente vascular cerebral.

Os problemas de sono incluíam dormir demais, dormir de menos, tirar longas sonecas durante o dia, ter sono de má qualidade, roncar, resfolegar e ter apneia do sono.

Todos esses problemas se correlacionaram com um risco maior de derrame. Além disso, os pacientes que apresentavam cinco ou mais desses sintomas tinham um risco ainda maior de AVC.

Pelo tipo do estudo que foi feito, os cientistas não podem dizer que os problemas de sono causam derrame - o estudo mostra apenas uma associação.

"Nossos resultados sugerem que os problemas do sono devem ser uma área de foco para a prevenção do AVC. Com isto, os médicos podem ter conversas mais cedo com pessoas que estão tendo problemas de sono. Intervenções para melhorar o sono também podem reduzir o risco de derrame e devem ser objeto de pesquisas futuras," disse Christine McCarthy, da Universidade Nacional da Irlanda.

Qualidade do sono e AVC

O estudo internacional envolveu 4.496 pessoas, incluindo 2.243 que tiveram um AVC, que foram pareadas com 2.253 pessoas que não tiveram AVC. A média de idade dos participantes foi de 62 anos.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas que dormiam menos de cinco horas tinham três vezes mais chances de sofrer um derrame do que aquelas que dormiam sete horas em média. As pessoas que dormiam mais de nove horas tinham duas vezes mais chances de sofrer um derrame do que aquelas que dormiam sete horas por noite.

As pessoas que tiravam sonecas por mais de uma hora tiveram 88% mais chances de ter um derrame do que aquelas que não dormiam durante o dia.

Os pesquisadores também analisaram problemas respiratórios durante o sono, incluindo ronco e apneia do sono. As pessoas que roncam têm 91% mais chances de ter um derrame do que as que não roncam e as pessoas que resfolegam fortemente têm quase três vezes mais chances de ter um derrame do que as que não têm esse sintoma. As pessoas com apneia do sono também tiveram quase três vezes mais chances de ter um derrame do que aquelas que não têm esse problema.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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