23/05/2016

Proteína tau explica Alzheimer melhor que beta-amiloide

Redação do Diário da Saúde

Proteína do Alzheimer

Os níveis da proteína tau são melhores indicadores do declínio cognitivo da doença de Alzheimer do que os níveis das proteínas beta-amiloides quando ambas são medidas através de exames PET.

Médicos da Universidade de Washington (EUA) demonstraram que o uso de um novo contraste de imagem, capaz de se ligar à proteína tau associada à doença de Alzheimer, torna-a visível na tomografia de emissão de pósitrons.

Embora a maior parte das pesquisas sobre Alzheimer venha-se concentrando na acumulação das proteínas beta-amiloides, hoje já há indícios suficientes para que se suspeite de que são as proteínas tau, e não as amiloides, que causam o Alzheimer.

O problema é que só recentemente começaram a ser desenvolvidas formas eficazes de gerar imagens das proteínas tau, o que está ajudando a acelerar o seu estudo.

Tau versus amiloides beta

Proteína tau explica Alzheimer melhor que beta-amiloide
No alto estão imagens de pacientes saudáveis. Embaixo, imagens do cérebro de pacientes que começam a apresentar declínio cognitivo associado ao Alzheimer.
[Imagem: Matthew R. Brier]

Comparando imagens do cérebro de pessoas cognitivamente saudáveis com as imagens do cérebro de pacientes com doença de Alzheimer leve, os pesquisadores constataram que as medidas de tau preveem melhor os sintomas de demência do que as medidas de beta-amiloide.

"Nos primeiros estágios da doença de Alzheimer, mesmo com o acúmulo de amiloide, muitos pacientes permanecem cognitivamente normais, ou seja, os seus processos de memória e pensamento ainda estão intactos. O que nós suspeitamos é que a amiloide muda primeiro, e depois a tau, e é a combinação de ambas que altera o quadro do paciente de assintomático para a apresentação de um comprometimento cognitivo leve," disse Beau Ances, líder da pesquisa.

Com agentes de imagem para beta-amiloide e tau agora disponíveis, o Dr. Ances afirma os pesquisadores passam a contar com as ferramentas necessárias para avaliar a eficácia das terapias experimentais contra o acúmulo de ambas as proteínas.

O novo agente está aprovado para utilização no contexto de experiências de pesquisas clínicas.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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