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13/05/2025 Psicodélicos apresentam benefícios inesperados para o sistema imunológicoRedação do Diário da Saúde![]()
Terapias com alucinógenos: Progressos são claros, mas é necessário cautela.[Imagem: Vojtech Zavadil/Wikimedia]
Efeito imunológico dos psicodélicos Psicodélicos como a psilocibina, atualmente em testes para pessoas com depressão e ansiedade, não afetam apenas os neurônios: Eles remodelam fundamentalmente as respostas imunológicas ligadas ao medo e ao estresse. Cientistas garantem que esta é uma "descoberta revolucionária" sobre a comunicação entre o cérebro e o sistema imunológico, potencialmente transformando os tratamentos tanto dos transtornos psiquiátricos quanto das doenças inflamatórias. "Descobrimos que os astrócitos na amígdala usam um receptor específico chamado EGFR para limitar o medo induzido pelo estresse," explica o Dr. Michael Wheeler, da Escola Médica de Harvard (EUA). "Quando o estresse crônico interrompe essa sinalização, isso leva a uma cascata envolvendo células residentes no cérebro e células imunológicas que, em última análise, aumenta o comportamento de medo. O fascinante é que compostos psicodélicos podem reverter todo esse processo." Esta descoberta representa uma mudança de paradigma na compreensão do potencial terapêutico dos psicodélicos. Em vez de simplesmente atuarem nas vias neurais, esses compostos parecem recalibrar circuitos neuroimunes inteiros. Essa dupla ação poderia explicar por que os psicodélicos se mostram promissores em diversas condições, da depressão à dependência química. E poderiam eventualmente se mostrar úteis no tratamento de distúrbios inflamatórios sem nenhum componente psiquiátrico aparente. ![]() Drogas psicodélicas afetam minicérebros e mostram potencial terapêutico. [Imagem: Vanja Dakic et al. - 10.1038/s41598-017-12779-5] Comunicação cérebro-corpo Esta descoberta levanta questões intrigantes sobre as abordagens tradicionais para os transtornos psiquiátricos. Se as condições de saúde mental têm componentes imunológicos, talvez seja necessário repensar as estratégias de tratamento que se concentram exclusivamente nos neurotransmissores. Assim, novos agentes terapêuticos que visem tanto as vias neurais quanto as imunológicas poderiam se mostrar mais eficazes do que as opções atuais. "Estou entusiasmado com a perspectiva de identificar os circuitos de comunicação cérebro-corpo como uma característica fundamental da fisiologia," afirmou Wheeler. "Muitas vezes, pensamos em transtornos mentais com base em seus sintomas comportamentais. No entanto, provavelmente estamos deixando de lado grande parte da biologia subjacente ao focar apenas no cérebro." Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |