07/06/2023

Quão bom ou mau você é quando joga?

Redação do Diário da Saúde
Quão bom ou mau você é quando joga?
Cerca de 90% das pessoas aproveitam os aconselhamentos quando a situações é moralmente ambígua.[Imagem: Malcolm Ryan et al. - 10.1016/j.chb.2022.107623]

Indicadores de moralidade

Pesquisadores construíram seu próprio jogo de computador para testar o impacto de indicadores que mostrem aos jogadores o nível de moralidade que eles revelam em suas decisões de jogo.

Ao testar esse jogo com voluntários, os pesquisadores descobriram que a maioria de nós ignora a métrica quando a escolha moral é clara, mas a usamos quando a escolha é moralmente ambígua.

Contudo, há uma parcela, cerca de 10% das pessoas, com um comportamento preocupante: Elas farão qualquer coisa para vencer, sem dar nenhuma chance à moralidade.

Os psicólogos estudam os dilemas morais há décadas, envolvendo questões de difícil solução. A mais comum delas é o chamado "Dilema do Bonde", em que a pessoa deve decidir se desvia o trem para que ele atropele apenas uma pessoa, quando ele atropelaria cinco se mantivesse o trajeto que está fazendo.

Mas há outros: Você pegaria para si dinheiro que estivesse destinado aos sem-teto, que nunca teriam como reclamar? E se um jogo lhe dissesse que isso seria moralmente válido e que até poderia ser algo bom, isso influenciaria sua decisão?

"Nossa hipótese era que, sob essa circunstância, os jogadores poderiam optar por roubar," disse o Dr. Malcolm Ryan, da Universidade Macquarie (Austrália). "Mas ficamos aliviados ao descobrir que dizer às pessoas que roubar dinheiro é bom não muda a reação delas... Embora sempre haja cerca de 10% que escolherão fazê-lo de qualquer maneira."

Caso perdido?

O experimento rendeu dois artigos científicos.

O primeiro foi qualitativo, explorando os sentimentos dos jogadores e suas respostas ao medidor de moralidade. Ele mostrou uma diferença entre os jogadores que fizeram escolhas simplesmente para maximizar sua pontuação de moralidade e outros que viram o medidor como uma espécie de guia moral.

O segundo artigo fornece os primeiros dados quantitativos sobre esses medidores de moralidade. Os resultados mostram que a métrica é geralmente ignorada quando uma escolha moral é direta, mas pode influenciar decisões quando a escolha é moralmente ambígua.

Quanto aos 10% que parecem não obedecer a moralidade nenhuma, os cientistas afirmam que terão que ser feitos estudos específicos com pessoas que apresentem esse comportamento em busca de abordagens que possam lhes ensinar o valor da moralidade em uma vida em sociedade.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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