04/02/2013

Querer traz mais satisfação do que ter

Redação do Diário da Saúde

Ilusões de vida curta

Consumidores auferem mais prazer ao desejar os produtos do que ao efetivamente comprá-los e tê-los para si.

Apesar disso, grande parte dessas pessoas se aventura em dívidas acreditando que suas compras poderão trazer mudanças na sua vida e fazê-las mais felizes.

"Pensar sobre as compras aumenta a felicidade momentânea nas pessoas materialistas, e como elas tendem a pensar um bocado sobre comprar, esses pensamentos fornecem injeções de ânimo frequentes," explica Marsha Richins, da Universidade de Missouri (EUA).

O problema é que essas injeções de ânimo e melhoria de humor têm vida curta.

Ilusão da felicidade

A ilusão da felicidade comprada se esvai tão logo a compra é feita, concluiu o estudo.

"Embora as pessoas ainda sintam emoções positivas após fazerem uma compra, essas emoções são menos intensas do que antes da compra," explica a pesquisadora.

Pessoas materialistas tendem a comprar muito mais do que outros consumidores, o que as torna mais propensas a se endividar, já que elas acreditam que comprar coisas as fará mais felizes.

É claro que comprar compulsivamente tem consequências além das financeiras, conforme já indicado por outros estudos.

Agora, os pesquisadores documentaram esses comportamentos e as expectativas das compras em três estudos diferentes, comparando consumidores materialistas e pessoas cujas respostas a um questionário padrão não mostrou sinais de materialismo - uma crença exacerbada de que o bem-estar é derivado das coisas materiais.

Mudar a vida

Os materialistas demonstraram emoções positivas significativamente mais fortes quando pensavam em comprar coisas.

Isso foi válido tanto para coisas baratas, de uso no dia-a-dia, quanto para objetos caros, como automóveis.

E também se repetiu quando os pesquisadores compararam compras que poderiam ser feitas a curto prazo e compras que seriam feitas no futuro distante.

A intensidade do aumento de satisfação que as pessoas experimentaram ao pensar em um compra mostrou-se diretamente relacionada às expectativas que essas pessoas tinham de que os bens modificariam suas vidas.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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