02/02/2021

Quimioterapia com luz ataca somente o câncer, sem efeitos colaterais

Redação do Diário da Saúde
Quimioterapia com luz ataca somente o câncer, sem efeitos colaterais
Diagrama esquemático da aplicação da fototerapia de peptídeo supermolecular direcionado ao câncer em experimentos com animais.[Imagem: KIST]

Fototerapia

Uma nova tecnologia de fototerapia mostrou-se capaz de aumentar significativamente a eficiência da quimioterapia, ao mesmo tempo em que reduz a dor e minimiza os efeitos colaterais após o tratamento.

Mais do que isso, o agente fototerapêutico direcionado ao câncer promete a eliminação completa das células cancerosas. E sua aplicação envolve apenas uma injeção, seguida por várias sessões indolores de fototerapia.

A tecnologia de fototerapia, uma modalidade de tratamento do câncer que utiliza luz, usa um fotossensibilizador injetável que se acumula próximo às células cancerosas, destruindo-as quando é ativado por um laser, o que preserva os tecidos sadios.

Mas nem tudo são flores no caminho dessa terapia emergente. Os fotossensibilizadores desenvolvidos até agora duram apenas uma sessão e acabam se acumulando também na pele ou nos olhos, causando fotofobia, exigindo que o paciente evite até mesmo a iluminação interna por algum tempo após o tratamento.

Fotossensibilizador

O Dr. Se-hoon Kim e sua equipe do Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia (Coreia do Sul) conseguiram agora resolver estes e outros problemas da fototerapia usando peptídeos que visam seletivamente os tecidos cancerosos e se agrupam em uma ordem específica para associar à tecnologia de fototerapia.

Um peptídeo, chamado RGD internalizante (iRGD), penetra seletivamente nos tecidos e atinge diretamente aqueles afetados pelo câncer. Além disso, a equipe ajustou a forma como ele reage à luz, garantindo os efeitos fototerapêuticos apenas nos tecidos cancerígenos.

Quando esse fotossensibilizador é injetado no corpo, ele é ativado pela temperatura corporal e se agrega em uma matriz supramolecular específica, que faz com que ele seja armazenado em torno das células cancerosas. A fototerapia subsequente pode destruir apenas as células cancerosas, sem afetar as células normais.

"Esperamos que o agente fototerapêutico desenvolvido seja útil na fototerapia no futuro, uma vez que ele permite a fototerapia repetida de longo prazo sem toxicidade após apenas uma injeção ao redor do câncer, até a remoção completa do câncer, e tem uma formulação simples com um único componente," disse o professor Se-hoon Kim.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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