04/06/2012

Raiva nas discussões é sinal de problemas mais duradouros

Redação do Diário da Saúde

Emoção guardada

Os casais conseguem realmente reconhecer as emoções um do outro durante as discussões?

Depende de quais sejam as emoções envolvidas, afirma o neurocientista e psicólogo Keith Sanford, da Universidade de Baylor (EUA).

Se o seu parceiro está com raiva, por exemplo, a mensagem que é passada geralmente tem pouco a ver com o momento e com o motivo específico da briga.

Em vez disso, afirma o pesquisador, a raiva fala mais sobre o clima geral do relacionamento.

Armadilha da raiva

Mas, quando a raiva está presente, algo há algo mais importante que pode passar despercebido.

"Se seu parceiro está com raiva, você provavelmente não conseguirá detectar que ele também está se sentindo triste", disse Keith.

"Eu descobri que as pessoas têm maior probabilidade de expressar raiva, não nos momentos em que sentem mais raiva, mas sim nas situações em que os dois parceiros vêm sentindo raiva durante um período de tempo," disse ele.

"Isso significa que, se um casal entra em um clima de raiva, eles tendem a continuar manifestando raiva, independentemente de como eles realmente se sentem naquele momento... Vira uma espécie de armadilha da qual eles não conseguem escapar."

Revele sua tristeza

Os experimentos e as observações mostraram que, quando as pessoas expressam raiva, é frequente que elas também estejam sentindo tristeza.

O problema é que o parceiro identificará a raiva, mas não a tristeza. "Quando se trata de perceber as emoções de alguém, a raiva eclipsa a tristeza," diz o pesquisador.

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que as expressões genuínas de tristeza durante um conflito por vezes podem reaproximar os parceiros, o que pode permitir que os casais escapem da armadilha da raiva.

"A mensagem para levar para casa é que pode haver momentos em que é benéfico expressar sentimentos de tristeza durante a briga, mas o outro irá perceber melhor sua tristeza se você não estiver ao mesmo tempo expressando raiva," concluiu Keith.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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