16/09/2011
São nomes e sobrenomes que nos conectam, não redes sociais
Redação do Diário da Saúde
O estudo demonstra que a maneira pela qual as pessoas escolhem os nomes de seus filhos está longe de ser aleatória. [Imagem: UCL]
Redes de nomes
São os nossos nomes, e não as redes sociais, o trabalho ou a escola que nos ligam em comunidades étnicas e culturais globalizadas.
Cientistas da Grã-Bretanha e da Austrália estudaram milhões de links entre nomes de pessoas que moram ao redor de todo o mundo, em busca de informações sobre o que as conectavam.
Os resultados revelam como os nossos nomes e sobrenomes estão conectados em diferentes redes globais de comunidades culturais, étnicas e linguísticas.
Escolha do nome dos filhos
O estudo demonstra claramente que a maneira pela qual as pessoas escolhem os nomes de seus filhos está longe de ser aleatória.
Essa escolha reflete afiliações culturais e de parentesco, fatores geográficos e estratificação social.
Depois de estudar os nomes de 118 milhões de indivíduos, de 17 países, a equipe descobriu a existência dessas "redes de nomes".
Tais redes conectam pessoas com nomes e sobrenomes iguais ou similares, proporcionando uma valiosa representação da estrutura populacional ao redor do mundo em termos culturais, étnicos e linguísticos.
Dicionários de nomes próprios
Nos estudos anteriores desse tipo, os cientistas compilavam um "dicionário de nomes próprios", identificando as origens étnicas, culturais e linguísticas de cada nome e sobrenome.
"Em vez de usar um 'dicionário de nomes', a nossa abordagem focou-se sobre os links entre sobrenomes e nomes próprios. Quando você combina milhões desses links em redes, emergem esses agrupamentos.
"Eles revelam a bagagem cultural envolvida na maneira como nós damos nomes aos bebês e passamos os sobrenomes de uma geração para outra, mesmo muito tempo após a migração para outros ambientes culturais," explica o Dr. Pablo Mateos, da Universidade College London.
Redes de nomes
Segundo Mateos, os nomes e sobrenomes podem ser usados para classificar automaticamente os indivíduos em comunidades culturais, étnicas e linguísticos, abrangendo populações inteiras.
"Usando repositórios de nomes, tais como listas telefônicas e registros eleitorais, nós agora somos capazes de identificar a etnia mesmo quando não existe nenhuma outra informação - algo que poderia ser extremamente útil para futuros estudos de saúde pública, demografia, segregação étnica e integração dos migrantes," afirma ele.
Os cientistas afirmam que, com base em seus estudos, é possível destacar o grau de integração, de isolamento ou de sobreposição entre os grupos populacionais.
Isso pode ter implicações importantes para a pesquisa em genética de populações, saúde pública e ciências sociais.
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br
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