16/08/2013 Seja feliz: seus genes agradecem e retribuemRedação do Diário da Saúde
Outros estudos já mostraram que ser alegre e ficar saudável são coisas intimamente ligadas.[Imagem: Johns Hopkins Medicine]
Psicologia positiva No primeiro estudo deste tipo, pesquisadores examinaram como a psicologia positiva afeta a expressão dos genes humanos. Depois que pesquisas sobre a epigenética começaram a mostrar que até as experiências de vida dos pais podem ser repassadas aos filhos, abriu-se o campo para estudos sobre associações entre o bem-estar e o DNA. O lado negativo da história - como longos períodos de estresse e incerteza afetam nossos genes - já está bem documentado, resultando na chamada "resposta transcricional à adversidade". Mas Barbara Fredrickson e Steven Cole - e seus colegas das universidades da Califórnia em Los Angeles e da Carolina do Norte - queriam saber se o oposto também era verdadeiro, ou seja, se o bem-estar influi positivamente sobre os genes. O que eles descobriram é que diferentes "tipos de felicidade" têm efeitos surpreendentemente diferentes sobre o genoma humano. Tipos de felicidade O primeiro tipo de felicidade que os pesquisadores classificaram foi chamado de "eudaimônico" - de eudaimonia, felicidade em grego -, o tipo de felicidade que se origina de um profundo senso de propósito e significado na vida (do qual Madre Teresa de Calcutá é um ícone). Pessoas que têm altos níveis de bem-estar eudaimônico apresentaram perfis de expressão genética muito favorável em suas células imunológicas. Elas têm baixos níveis de expressão do gene inflamatórios e forte expressão de genes ligados a mecanismos antivirais e anticorpos. Para se sentir mais feliz, fale sobre experiências, e não sobre coisas. [Imagem: Wikimedia/Yann] No entanto, tudo é diferente para as pessoas que têm o tipo de felicidade hedonista, descrita como o bem-estar que vem da "autogratificação consumatória" (pense na maioria das celebridades). Neste caso, a relação entre a felicidade e a expressão gênica mostrou exatamente o contrário. Essas pessoas apresentam um perfil de expressão genética adversa, envolvendo alta expressão de genes ligados à inflamação e baixa expressão de genes ligados a mecanismos antivirais e anticorpos. Genoma sensível às emoções Apesar da diferença na expressão genética, o estudo mostrou que, em termos de sensações, aqueles que se dizem portadores de uma "felicidade hedonista" não se sentem em nada piores do que aqueles que manifestam a "felicidade eudaimônica". "Ambos parecem ter os mesmos altos níveis de emoções positivas. Entretanto, seus genomas respondem de formas muito diferentes, embora os seus estados emocionais sejam igualmente positivos," explica o professor Steven Cole. "O que este estudo nos diz é que fazer o bem e sentir-se bem tem efeitos muito diferentes sobre o genoma humano, apesar de gerarem níveis semelhantes de emoções positivas. Aparentemente, o genoma humano é muito mais sensível a diferentes formas de alcançar a felicidade do que as mentes conscientes," conclui Cole. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |