17/02/2023

Sensor de engolir dirá tudo o que se passa em seu trato gastrointestinal

Redação do Diário da Saúde
Sensor de engolir poderá acabar com endoscopias
O dispositivo eletromagnético ingerível pode revelar o funcionamento interno do trato gastrointestinal, substituindo exames como a endoscopia. [Imagem: NYU Tandon School of Engineering]

Pílula eletrônica

Este pequeno dispositivo eletromagnético em formato de pílula, uma vez ingerido, pode fornecer aos médicos uma janela de diagnóstico para o funcionamento interno de todo o trato gastrointestinal.

Comunicando-se com o exterior por bluetooth, a pílula eletrônica fornece um fluxo contínuo de dados para um telefone celular nas proximidades à medida que passa pelo paciente.

Para ler os dados, o aparelho usa tecnologia eletromagnética semelhante ao que fazem as máquinas de ressonância magnética (MRI) funcionarem.

Quando aprovada para uso clínico, a pílula eletrônica será um alívio para todos os pacientes com gastrite, síndrome do intestino irritável e outros distúrbios relacionados à motilidade - o funcionamento dos músculos e nervos no trato gastrointestinal.

A ideia é evitar procedimentos de diagnóstico padrão, como tomografia computadorizada, raios X ou tubos endoscópicos inseridos pelo nariz ou outro ponto de entrada. Esses procedimentos podem ser física e mentalmente desconfortáveis, dependem de radiação potencialmente prejudicial e exigem que os pacientes passem um tempo considerável dentro de instalações médicas.

Em vez disso, o microdispositivo ingerível exigirá apenas que as pessoas se mantenham próximas a pequenas bobinas eletromagnéticas enquanto o dispositivo atravessa seus corpos - as bobinas podem ser usadas em uma mochila ou jaqueta, para que os pacientes possam seguir suas vidas normais durante o processo.

"Prevemos que nosso microdispositivo ingerível poderá manter as pessoas fora dos hospitais e reduzir os encargos do sistema de saúde, ao mesmo tempo em que fornecerá informações vitais para diagnosticar distúrbios de motilidade com a maior precisão possível," disse o Dr. Khalil Ramadi, membro da equipe que inclui pesquisadores de várias instituições.

Os pesquisadores agora esperam trabalhar com a indústria para desenvolver processos de fabricação para a pílula eletrônica e caracterizar ainda mais seu desempenho em animais, na esperança de oportunamente testá-la em ensaios clínicos em humanos.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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