11/08/2020

Sensor de grafeno promete identificar infecções em 15 minutos

Redação do Diário da Saúde
Sensor de grafeno promete identificar infecções em 15 minutos
Pesquisadores estão desenvolvendo biossensores de grafeno para detectar infecções bacterianas e virais em apenas 15 minutos.[Imagem: Fraunhofer IZM]

Sensor de infecções

Os sensores atuais não estão ajudando muito a lidar com os desafios da pandemia de covid-19, por exemplo, o que vem ressaltando a importância de se detectar infecções com rapidez e precisão.

Por isso, pesquisadores do Instituto Fraunhofer de Confiabilidade e Microintegração (Alemanha) uniram forças com parceiros da indústria e de hospitais para desenvolver um sensor capaz de detectar em minutos infecções agudas, como a sepse, ou anticorpos contra o coronavírus.

Uma das dificuldades é que muitas infecções têm sintomas semelhantes, de forma que os sinais coletados pelos sensores podem ser facilmente interpretados incorretamente, levando a um diagnóstico incorreto da doença. Os exames de sangue são bastante bons, mas exigem um pedido médico, uma ida ao laboratório, o retorno ao médico e, como não são muito específicos, os médicos costumam prescrever um antibiótico que pode ser desnecessário.

A equipe então criou um sensor à base de óxido de grafeno para enfrentar precisamente esses desafios no diagnóstico de infecções.

Uma única gota de sangue ou saliva é o suficiente para realizar uma análise precisa. Poucos minutos após a gota ser aplicada na superfície do sensor, sinais elétricos transmitem o resultado do teste ao consultório do médico.

Sensor para múltiplos usos

Este teste rápido fornece resultados precisos em apenas 15 minutos, prometendo substituir o demorado exame de sangue no laboratório e permitir que o médico possa prescrever o tratamento ou antibióticos adequados.

O teste também pode ser configurado para detectar anticorpos que estão presentes depois que o paciente se recuperou de uma infecção.

Os pesquisadores agora estão se concentrando justamente nesta aplicação, para detectar infecções anteriores com o vírus covid-19.

"Também pensamos em ir além do campo médico atual, desenvolvendo sensores onde eles são muito necessários hoje, isto é, em direção à tecnologia ambiental e à detecção de impactos ambientais. Mas é claro que a aplicação do coronavírus é nossa primeira prioridade," disse o professor Manuel Bäuscher.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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