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04/06/2018
Seu nome influencia percepção dos outros sobre sua personalidade
Com informações da New Scientist
Será que o nome que seus pais lhe dão ao nascer marca seu destino? Provavelmente não.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
Nome e personalidade
O seu nome pode ser mais importante do que parece.
Pesquisadores afirmam que seu primeiro nome molda a maneira como as pessoas percebem sua idade, sua personalidade e até sua eficiência no trabalho - e esses resultados podem significar que alguns experimentos clássicos de psicologia estavam errados.
Leonard Newman e seus colegas da Universidade de Syracuse (EUA) pediram a 500 estudantes universitários que classificassem 400 nomes masculinos e femininos populares das últimas sete décadas. As perguntas tinham estruturas como: "Imagine que você está prestes a encontrar alguém chamado [...]. Quão competente/acolheador/velho você acha que ele é quando você vê o nome dele?"
O experimento, claro, foi feito para nomes de pessoas nos EUA, mas os resultados podem dar dicas importantes para a importância do nome em geral.
Veja os resultados, considerando que o adjetivo "quente" é usado no sentido de acolhedor, amigável, empático:
Nomes "quentes" e competentes
Ana, Carolina, Daniel, David, Elizabeth, Emily, Emma, Evelyn, Felícia, Graça, James, Jennifer, James, Jonathan, Júlia, Kathleen, Madeline, Marcos, Maria, Mateus, Miguel, Michelle, Natália, Nicolau, Noé, Olívia, Paulo, Raquel, Samantha, Sarah, Sophia, Stephen, Susan, Thomas, William.
Nomes "quentes", mas menos competentes
Hailey, Hannah, Jesse, Kellie, Melody, Mia.
Nomes competentes, mas menos "quentes"
Arnold, Gerard, Herbert, Howard, Lawrence, Norman, Reginald, Stuart.
Nomes "frios" e pouco competentes
Alvin, Brent, Bryce, Cheyenne, Colby, Cristal, Dana, Darrell, Devon, Domingos, Dominique, Duane, Erin, Larry, Leslie, Lonnie, Malaquias, Márcia, Marco, Mercedes, Omar, Regina, Rex, Roy, Tracy, Trenton, Vicki, Whitney.
Em termos de ser caloroso e competente, houve um claro efeito de gênero. Nomes associados a baixa competência e forte acolhimento tendem a ser femininos. Por outro lado, nomes associados a alta competência e mais frios tendem a ser do sexo masculino. "Os resultados refletiram os estereótipos de gênero," defende Newman.
Efeito Obama
Segundo o pesquisador, os resultados têm implicações para experimentos psicológicos, que muitas vezes invocam personagens fictícios como parte de cenários hipotéticos: Os nomes desses personagens hipotéticos podem distorcer os resultados, diz Newman.
Por exemplo, um experimento famoso, feito na década de 1960 mas citado até hoje, pediu que as pessoas dessem notas para redações assinadas por "João" (John) ou por "Joana" (Joan) - o detalhe é que os dois textos eram idênticos. O texto assinado por Joana recebeu notas menores, o que foi considerado evidência de sexismo. Mas, como Joana era um nome típico da geração mais antiga, é possível que as pessoas estivessem de fato tendo um viés de idade, e não de sexo, propõe Newman.
Mas um nome impopular ou incomum não significa necessariamente que seu destino esteja selado, disse o psicólogo.
"Muitos anos atrás, meus pais vieram me visitar em Chicago e eu apontei sinais de um político local que estava concorrendo às eleições. Eu disse a eles, 'ele é muito atraente, ele vai longe'. Eles riram de mim e disseram: 'Eu não acho que ele irá muito longe na política americana com um nome como Barack Hussein Obama'. Obviamente, eles estavam errados, e há claramente coisas mais importantes do que nomes," concluiu o pesquisador.
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br
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