19/06/2020

Suplemento vegetariano com mel em pó e proteína do arroz é criado na USP

Redação do Diário da Saúde
Suplemento vegetariano à base de mel em pó e proteína do arroz
Enquanto o mel contém vitaminas benéficas ao organismo, a proteína do arroz é rica em aminoácidos essenciais, o que favorece o ganho de massa muscular em atletas.[Imagem: Marcos Santos/USP]

Mel em pó

Em busca da estratégia perfeita para obter mel desidratado - algo difícil de fazer - pesquisadoras da USP acabaram criando uma formulação à base de mel e proteína de arroz em pó.

A ideia é agregar as propriedades do mel às da proteína vegetal, criando um suplemento que tenha apelo junto a atletas de ponta, inclusive entre os que não ingerem produtos com ingredientes de origem animal.

"O mel é um produto muito difícil de secar, por conta da quantidade de açúcares e ácidos orgânicos que ele tem. E o rendimento da secagem é muito baixo. Nossa ideia inicial era criar mel em pó para facilitar o uso do produto como um ingrediente pela indústria alimentícia, farmacêutica e cosmética. Ele é muito viscoso, difícil de trabalhar em tubulações," esclarece a pesquisadora Taíse Toniazzo.

Na tentativa de facilitar o processo, a equipe adicionou uma substância que funcionasse como carreador, ou seja, que ajudasse na secagem do produto. O mel não virou pó, mas o resultado foi um novo produto inesperado, não previsto no projeto inicial.

"Assim, obtivemos um produto final que, além das propriedades do mel, tem também as da proteína vegetal. E decidimos utilizar essa formulação para aplicar como suplemento para atletas que têm performances de alto rendimento," acrescentou.

Mel com proteína de arroz

O mel contém vitaminas, minerais e compostos fenólicos, componentes benéficos ao organismo humano. Também tem ação reconhecidamente antibacteriana e antioxidante. Já a proteína do arroz é rica em aminoácidos essenciais, o que favorece o ganho de massa muscular em atletas. Há diversos produtos no mercado dos suplementos à base de proteína do arroz.

O produto final tem 18% de mel (ou seja, em 100 g de produto há 18 g de mel em pó). "O maior desafio do projeto era obter uma formulação com a maior quantidade possível de mel. Até agora, consegui 18% de mel na formulação," disse a pesquisadora, salientando que ainda pretende aumentar esse rendimento.

A equipe agora está pesquisando como esse suplemento se comporta no trato gastrointestinal humano, o que exigiu que a pesquisadora fosse para a Inglaterra . "Queremos saber como ocorre a digestão do suplemento, tanto a do carboidrato quanto a da proteína. A Universidade de Leeds tem um aparato experimental semidinâmico que simula o trato gastrointestinal de um indivíduo. Vou passar um ano lá para fazer esses experimentos," contou Taíse.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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