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07/01/2022 Tecido sintético de altíssima resistência repara corações, músculos e cordas vocaisRedação do Diário da SaúdeHidrogel para células Combinando conhecimentos de química, física, biologia e engenharia, cientistas canadenses desenvolveram um material de origem biológica resistente o suficiente para reparar o coração, os músculos e, principalmente, as cordas vocais. Este novo biomaterial representa um grande avanço na medicina regenerativa. "As pessoas que se recuperam de lesões cardíacas muitas vezes enfrentam uma jornada longa e complicada. A cura é desafiadora por causa do movimento constante que os tecidos devem suportar enquanto o coração bate. O mesmo é verdade para as cordas vocais. Até agora não havia nenhum material injetável forte o suficiente para fazer essa função," explicou o professor Guangyu Bao, da Universidade McGill (Canadá). O material é um hidrogel injetável - um hidrogel é um tipo de biomaterial que dá espaço para as células viverem e crescerem. Uma vez injetado no corpo, o biomaterial forma uma estrutura estável e porosa que serve de suporte para que as células vivas cresçam, ou permite que elas "caminhem" para reparar os órgãos lesados. "Os resultados são promissores e esperamos que, no futuro, o novo hidrogel seja usado como implante para restaurar a voz de pessoas com cordas vocais danificadas, por exemplo, sobreviventes de câncer de laringe," disse Bao. ![]() Os hidrogéis já existentes (em cima) não suportaram a carga a que as cordas vocais estão sujeitas, enquanto o novo biomaterial (embaixo) saiu praticamente sem danos. [Imagem: Sareh Taheri] Cordas vocais artificiais Os cientistas testaram a durabilidade do seu hidrogel em uma máquina que desenvolveram para simular a incrível biomecânica das cordas vocais humanas. Vibrando a 120 vezes por segundo, por mais de 6 milhões de ciclos, o novo biomaterial permaneceu intacto, enquanto outros hidrogéis já existentes se quebraram em pedaços, incapazes de lidar com o estresse da carga. A inovação também abre novos caminhos para outras aplicações, como entrega de medicamentos, engenharia de tecidos e a criação de modelos de tecidos para exames de medicamentos, sugere a equipe. "Nosso trabalho destaca a sinergia da ciência dos materiais, engenharia mecânica e bioengenharia na criação de novos biomateriais com desempenho sem precedentes. Estamos ansiosos para traduzi-los para a clínica," disse o professor Jianyu Li. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |