05/10/2012

Tecnologia brasileira contra malária vira referência mundial

Com informações da Agência Brasil

Certificação da OMS

Um medicamento contra malária desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz (Farmaguinhos/Fiocruz) recebeu um aval da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O medicamento, chamado ASMQ, recebeu a pré-qualificação da OMS, uma garantia do alto padrão de qualidade do produto.

A pré-qualificação é uma espécie de registro internacional que permite a distribuição para vários países por meio de um mecanismo de compra centralizado da OMS.

A certificação foi anunciada na Índia, onde o medicamento é fabricado graças à transferência de tecnologia da cooperação Sul-Sul (agenda de discussões entre Brasil, Índia e África do Sul).

Com o aval da OMS, a dose fixa de artesunato (AS) e mefloquina (MQ), desenvolvida pelo Farmaguinhos em parceria com a organização Medicamentos para Doenças Negligenciadas, terá maior facilidade para ser distribuída no Sudeste Asiático.

Tratamentos contra malária

O tratamento com as duas drogas já era usado contra a malária, mas a nova formulação, registrada no Brasil e distribuída pelo Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária desde 2008, oferece tratamento mais fácil e eficiente.

"Quando você tem duas drogas associadas [...] você garante a cura radical da doença, previne o aparecimento de cepas resistentes. Também melhora muito a adesão ao tratamento, quer dizer, o paciente toma o tratamento completo e você tem uma chance maior de cura", explicou André Daher coordenador de pesquisa clínica da Farmanguinhos.

Este é o tratamento para malária com uso do menor número de comprimidos atualmente e pode ser aplicado a partir dos 6 meses de idade.

"Você tem quatro tipos de tratamento, divididos por faixas etárias, mas são todos com uma tomada diária durante três dias e não precisa ser ingerido com nenhum tipo de alimento especial. O fato de ser uma única dose diária melhora muito a adesão do paciente e ele apresenta maior tolerabilidade, com menos efeitos colaterais," disse Daher.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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