21/06/2021

Termoterapia ganha espaço com tecnologia sem fios

Redação do Diário da Saúde
Termoterapia ganha espaço com tecnologia sem fios
Aparelho flexível baseado em aquecimento por indução promete revolucionar a termoterapia direcionada.[Imagem: Tokyo Tech]

Ganhos adicionais

A termoterapia pode melhorar a eficácia dos tratamentos contra diversas enfermidades quando aplicada como terapia adicional, juntamente com as modalidades tradicionais de tratamento.

Por exemplo, a quimioterapia ou a radioterapia, quando combinadas com a termoterapia, matam as células tumorais de forma mais eficaz do que quando aplicadas isoladamente.

O único entrave para disponibilizar esses melhores resultados para os pacientes é que ainda não existem dispositivos geradores de calor adequados para serem implantados no corpo humano - uma operação sem fios permitiria maior flexibilidade e facilidade de aplicação.

Agora, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Tóquio (Japão) apresentaram um dispositivo de aquecimento flexível, baseado em indução, que pode resolver essa lacuna.

"Um dos maiores obstáculos no desenvolvimento de um dispositivo de aquecimento implantável é a necessidade de incorporação de elementos eletrônicos, como capacitores, no próprio circuito do dispositivo. Essa inserção tira a flexibilidade necessária para o implante interno. Para superar isso, recorremos ao aquecimento por indução, a mesma tecnologia que é usada em aquecedores de cozinha," explicou o professor Toshinori Fujie.

Termoterapia implantável

O dispositivo funciona com base na premissa de que o campo magnético gerado por uma bobina com uma corrente de alta frequência induz um fluxo de corrente em um metal próximo. Devido à sua resistência interna, o metal se aquece automaticamente.

Como a tecnologia apresentou desempenho elétrico, resistência mecânica e capacidade de geração de calor satisfatórios, os pesquisadores partiram então para avaliar sua funcionalidade clínica implantando o aparelho em tecido vivo - no lobo hepático de um cachorro beagle.

Os resultados foram extremamente promissores: Quando uma bobina transmissora foi colocada diretamente sobre o aparelho por um minuto, a temperatura do tecido do fígado aumentou até 7 °C, sem qualquer indicação de queima do tecido, suprindo a termoterapia de maneira adequada e eficaz.

"A flexibilidade, biocompatibilidade e capacidade de aquecimento sem fio do nosso dispositivo abre a possibilidade de usar a termoterapia em amplos cenários clínicos, incluindo na cirurgia endoscópica minimamente invasiva. Além disso, ajustando o número e o tamanho desses dispositivos, podemos tratar lesões de tamanhos diferentes," disse Fujie.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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