10/11/2020

Teste de pele pode identificar doença de Parkinson

Redação do Diário da Saúde
Teste de pele pode identificar doença de Parkinson
Recentemente a ciência da doença de Parkinson deu uma reviravolta surpreendente e agora os médicos e cientistas já admitem que Parkinson não é uma doença única, mas duas.[Imagem: LMCN/Universidade Rockefeller]

Diagnóstico de Parkinson

Os médicos atualmente diagnosticam os pacientes usando sinais e sintomas clínicos, mas um diagnóstico definitivo de Parkinson só pode ser feito muito tarde - durante uma autópsia.

Ainda não existem tratamentos comprovados, mas a dificuldade de diagnóstico dificulta até mesmo os ensaios clínicos de potenciais tratamentos.

É por isso que os pesquisadores ficaram entusiasmados ao descobrir como um teste químico simples consegue detectar a aglomeração da proteína alfa-sinucleína em amostras de pele - a doença de Parkinson é caracterizada pela lenta deterioração do cérebro devido ao acúmulo de alfa-sinucleína, uma proteína que danifica as células nervosas.

"Uma vez que não existe um teste fácil e confiável disponível para o diagnóstico precoce da doença de Parkinson no momento, acreditamos que haverá muito interesse no uso potencial de amostras de pele para diagnóstico," disse o professor Anumantha Kanthasamy, da Universidade do Estado de Iowa (EUA).

Exame de pele para detectar Parkinson

Os pesquisadores realizaram um estudo cego - eles não sabiam se a amostra vinha de um paciente ou não - de 50 amostras de pele, metade das quais veio de pacientes com sintomas da doença de Parkinson e a outra metade veio de pessoas sem doença neurológica.

Usando o ensaio de proteína, eles conseguiram diagnosticar corretamente 24 dos 25 pacientes com doença de Parkinson, sendo que apenas 1 dos 25 controles apresentava aglomeração da proteína mas não apresentava sintomas.

"Estes resultados indicam sensibilidade e especificidade tremendamente altas, o que é crítico para um teste de diagnóstico," disse o pesquisador Charles Adler. "Melhorar a precisão do diagnóstico clínico é, na minha opinião, a primeira coisa que precisamos fazer para encontrar novos tratamentos úteis para a doença de Parkinson."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

URL:  

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2023 www.diariodasaude.com.br. Cópia para uso pessoal. Reprodução proibida.