07/12/2017

Trabalhadores do mundo, levantem-se

Redação do Diário da Saúde
Trabalhadores do mundo, levantem-se
Embora os trabalhadores pouco possam fazer a respeito, seus chefes podem ajudar. [Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Ficar sentado e problemas de saúde

Quase três quartos dos trabalhadores de escritório sabem que há uma relação negativa entre ficar sentado o dia todo no trabalho e sua saúde.

"O aumento do tempo sentado tem sido associado a um risco elevado de doença cardiovascular e redução da expectativa de vida. Também foram identificadas associações com o ganho de peso, alguns tipos de câncer, diabetes tipo 2 e dificuldades respiratórias," conta a pesquisadora Teneale McGuckin, da Universidade James Cook (Austrália).

Ela entrevistou centenas de trabalhadores para verificar se eles sabem disso, quais são suas maiores queixas e quais seriam as possíveis soluções.

"As queixas sobre as costas são a preocupação mais comum, a seguir dores no pescoço e perda de tônus muscular. As pessoas também relatam o ganho de peso e que ficar sentado o dia todo reduz sua motivação," relatou.

Ficar de pé no trabalho

Mas o que pode ser feito se os trabalhadores precisam do emprego e o trabalho exige que eles fiquem sentados durante as suas jornadas de trabalho?

McGuckin argumenta que, embora os trabalhadores pouco possam fazer a respeito, seus chefes podem ajudar a resolver o problema. Para isso ela sugere uma variedade de estratégias de mudança de comportamento e de regras no trabalho.

Essas estratégias incluem alarmes ou alertas para indicar quando uma pessoa deve se levantar por alguns instantes, softwares que congelem o computador por um período de tempo selecionado, reuniões de pé e o uso de mesas altas, onde se pode trabalhar de pé.

"Mas, independentemente da estratégia utilizada, os grupos [entrevistados] disseram que é necessário incluir a educação sobre os benefícios [de ficar de pé] e que a administração compre a ideia. Os trabalhadores disseram que as pausas devem ser vistas como uma atividade normal e não devem ser criticados quando são vistos longe de suas mesas," relatou McGuckin.

Mas ela reconhece que uma abordagem de "tamanho único" - uma receita única para todas as situações - provavelmente não seria bem-sucedida devido às variedades entre as situações e às preferências pessoais.

"As intervenções devem incluir uma variedade de estratégias adaptadas individualmente e nas quais as pessoas envolvidas tenham a oportunidade de opinar. Se as pessoas sentem que têm controle da situação, é mais provável que a estratégia funcione," disse McGuckin.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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