28/06/2022

Tratamento experimental traz esperanças contra agressivo câncer do pâncreas

Redação do Diário da Saúde
Tratamento experimental traz esperanças contra agressivo câncer do pâncreas
Em 70% a 80% dos diagnósticos, o câncer do pâncreas já está num estágio avançado e a taxa de cura é baixa.[Imagem: USP Imagens]

Câncer do pâncreas

Um tratamento experimental de reprogramação celular trouxe novas esperanças para reverter o câncer metastático no pâncreas.

A equipe médica do Instituto do Câncer Providência (EUA), responsável pelo teste, está acompanhando o primeiro caso de sucesso, aplicado a uma paciente norte-americana de 71 anos de idade.

O câncer no pâncreas é "normalmente bastante agressivo: Em 70% a 80% dos diagnósticos, o câncer já está num estágio avançado no momento do diagnóstico," conta o professor Ulysses Ribeiro Júnior, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).

Por isso, a taxa de cura é baixa: Por volta de 30% dos pacientes conseguem sobreviver.

Os tratamentos oncológicos convencionais são a cirurgia para a retirada do tumor localizado, a quimioterapia, a radioterapia e a imunoterapia. Esta última vem trazendo bons resultados para vários tipos de tumores, como o melanoma, de pulmão, rim, bexiga, esôfago e fígado, combatendo o que os outros tratamentos não conseguem alcançar.

Imunoterapia

A equipe do professor Rom Leidner aplicou na paciente uma imunoterapia baseada na reprogramação das células T. O objetivo é aumentar a linha de defesa dessas células T, que são glóbulos brancos do sistema imunológico, responsáveis por matar as células tumorais.

Os cientistas conseguiram aumentar a taxa de detecção de uma mutação do câncer pancreático pela proteína receptora que fica na membrana celular, inibindo o crescimento da célula do tumor.

"A paciente apresentou regressão das metástases viscerais (resposta parcial geral de 72% de acordo com os Critérios de Avaliação de Resposta em Tumores Sólidos); a resposta permaneceu em curso em 6 meses," contou a equipe.

De acordo com o professor Ulysses, o câncer do pâncreas tem uma das incidências que mais crescem em países como os Estados Unidos e na Europa, com os principais fatores de risco do câncer pancreático sendo a obesidade, o tabagismo, o alcoolismo, o sedentarismo e a diabetes. "Provavelmente daqui uns anos também vai acontecer isso no Brasil," disse o oncologista, referindo-se às mudanças de estilo de vida que estão se tornando semelhantes em todo o mundo.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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