26/04/2024

Algumas de nossas músicas favoritas nos deixam tristes - e é por isso que gostamos delas

Redação do Diário da Saúde
Tristeza evocada por uma música explica porque gostamos dela
Não por acaso, outra pesquisa recente mostrou que as músicas estão se tornando mais simples e com mais emoções negativas.[Imagem: Clem Onojeghuo/Unsplash-Daniel Paxton]

Gostar de música triste

Gostar de músicas tristes está longe de ser uma excentricidade. Isso é algo que tem intrigado os pesquisadores, que há muito se perguntam como é que uma atividade que produz uma emoção tida como negativa, ou ao menos "para baixo", pode ser tão avidamente procurada.

Uma nova tentativa de responder a essa questão indica que, para alguns de nós, pode ser que realmente gostemos da tristeza - a emoção sentida ao ouvir a música triste é o que na verdade produz a sensação de prazer.

"É paradoxal pensar que você poderia desfrutar de algo que o faz sentir uma emoção negativa. Mas esta pesquisa mostra a primeira evidência empírica de que a tristeza pode afetar positivamente o prazer da música, diretamente," disse o professor Emery Schubert, da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália).

Tirando a tristeza da música

A conclusão veio de um experimento com 50 participantes, principalmente estudantes de graduação em música, que selecionaram uma peça musical que evocava tristeza mas que eles adoravam, incluindo desde clássicos de Beethoven até sucessos modernos de Taylor Swift.

Os pesquisadores então pediram aos voluntários que imaginassem se a tristeza que a música lhes trazia poderia ser "removida" voluntariamente ainda durante a audição da música: A maioria disse que sim. E foi aí que veio a surpresa: 82% disseram que remover a tristeza reduziu seu prazer com a música.

"Os resultados indicam que a tristeza sentida ao ouvir música pode realmente ser apreciada e pode aumentar o prazer de ouvi-la," disse Schubert. "Uma explicação está relacionada com brincar: Experimentar uma ampla gama de emoções em um ambiente mais ou menos seguro pode nos ajudar a aprender como lidar com a que encontramos no mundo."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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