06/05/2022

Tumores parcialmente destruídos com som não retornam

Redação do Diário da Saúde
Tumores parcialmente destruídos com som não retornam
Uma tecnologia de som não invasiva "decompôs" os tumores hepáticos em cobaias, matando as células cancerígenas e estimulando o sistema imunológico para evitar uma maior disseminação - um avanço que pode levar a melhores resultados de câncer em humanos.[Imagem: Tejaswi Worlikar et al. - 10.3390/cancers14071612]

Ablação por ultra-som

Uma nova tecnologia à base de ultra-som, totalmente não invasiva, conseguiu "decompôr" os tumores hepáticos em cobaias, matando a maior parte das células cancerosas.

E, com algo entre 50% e 75% do volume do tumor no fígado sendo eliminado, o sistema imunológico dos ratos foi capaz de reagir e eliminar o restante, sem evidências de recorrência ou de metástases em mais de 80% dos animais.

"Mesmo que não tenhamos como alvo o tumor inteiro, ainda podemos fazer com que o tumor regrida e também reduzir o risco de metástases futuras," disse o professor Zhen Xu, da Universidade de Michigan (EUA), que está desenvolvendo a tecnologia.

Os resultados também mostraram que o tratamento estimulou as respostas imunes dos animais, possivelmente contribuindo para a eventual regressão da porção não alvejada do tumor e prevenindo a disseminação do câncer, a chamada metástase.

A expectativa é que este avanço possa ser traduzido para os humanos, levando a melhores resultados para os pacientes do que os tratamentos atuais.

Histotripsia

O tratamento, chamado histotripsia, consiste em focalizar ondas de ultra-som, de forma não invasiva, para destruir mecanicamente o tecido alvo, tudo com precisão milimétrica.

Em muitas situações clínicas, a totalidade de um tumor canceroso não pode ser alvejada diretamente por razões que incluem o tamanho, a localização ou estágio da massa.

"A histotripsia é uma opção promissora que pode superar as limitações das modalidades de ablação atualmente disponíveis e fornecer ablação não invasiva do tumor do fígado segura e eficaz," disse o Dr. Tejaswi Worlikar. "Esperamos que nossos aprendizados com este estudo motivem futuras investigações de histotripsia pré-clínica e clínica em direção ao objetivo final da adoção clínica do tratamento de histotripsia para pacientes com câncer de fígado."

Esta técnica, relativamente nova, está sendo avaliada em um teste de câncer de fígado humano nos Estados Unidos e na Europa.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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