16/01/2020

Vem aí o ultra-som a laser

Redação do Diário da Saúde
Ultra-som a laser
A nova técnica de ultra-som a laser foi usada para produzir uma imagem (à esquerda) de um antebraço humano (acima), que também foi fotografada com ultra-som convencional (à direita).[Imagem: Xiang Zhang et al. - 10.1038/s41377-019-0229-8]

Ultra-som a laser

O ultra-som convencional não expõe os pacientes a radiações prejudiciais, como acontece com os raios X e os tomógrafos.

Embora tipicamente não invasivo, o ultra-som requer contato com o corpo do paciente, o que pode ser limitador em situações como bebês, vítimas de queimaduras ou outros pacientes com pele sensível.

Além disso, o contato da sonda de ultra-som induz uma variabilidade significativa da imagem, o que é um grande desafio nas imagens de ultra-som modernas - tente interpretar o ultra-som de um bebê e você verá o quanto as imagens são pouco claras.

Agora, engenheiros do MIT criaram uma alternativa ao ultra-som convencional que não requer contato com o corpo para ver o interior de um paciente.

A nova técnica, um ultra-som a laser, utiliza um laser seguro para os olhos e para a pele para gerar remotamente imagens do interior de uma pessoa. Quando aplicado sobre a pele do paciente, o laser induz ondas sonoras que se propagam pelo corpo. Um segundo laser detecta remotamente as ondas refletidas, que são então convertidas em uma imagem semelhante ao ultra-som convencional.

Esta foi a primeira vez que o ultra-som a laser foi usado para gerar imagens do corpo humano, depois que o equipamento mostrou-se seguro e confiável nos testes em cobaias.

Fotoacústica

Os métodos baseados em laser são parte de um campo conhecido como fotoacústica. Em vez de enviar diretamente ondas sonoras para o corpo, a ideia é enviar luz, na forma de um laser pulsado sintonizado em um comprimento de onda específico, que penetra na pele e é absorvido pelos vasos sanguíneos.

Os vasos sanguíneos se expandem e relaxam rapidamente - aquecidos instantaneamente pelo pulso de laser e depois rapidamente resfriados pelo corpo de volta ao tamanho original - apenas para serem atingidos novamente por outro pulso de luz. As vibrações mecânicas resultantes desse estica-encolhe geram ondas sonoras que são refletidas, quando podem então ser detectadas por transdutores colocados na pele e traduzidas em uma imagem fotoacústica.

"Estamos no começo do que poderíamos fazer com o ultra-som a laser," disse o pesquisador Brian Anthony. "Imagine que chegamos a um ponto em que podemos fazer tudo o que o ultra-som pode fazer agora, mas à distância. Isso oferece uma maneira totalmente nova de ver os órgãos dentro do corpo e determinar as propriedades do tecido profundo, sem fazer contato com o paciente."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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