05/01/2009

Cientistas descobrem como alguns vegetais combatem o câncer

Redação do Diário da Saúde

Poder curativo dos vegetais

Já se sabe há algum tempo que a ingestão de brócolis, couve-flor e repolho ajuda a prevenir o câncer de mama. Mas o mecanismo por meio do qual as substâncias ativas desses vegetais inibem a proliferação das células cancerosas não era conhecido - até agora.

Esse mecanismo acaba de ser descoberto por pesquisadores da Universidade de Santa Bárbara (Estados Unidos). O poder curativo desses vegetais opera em nível celular.

Vegetais contra o câncer

"O câncer de mama pode ser prevenido comendo-se vegetais crucíferos, como o repolho ou parentes próximo do repolho, como brócolis e couve-flor," explica a Dra Olga Azarenko, uma das autoras da pesquisa.

"Esses vegetais contêm compostos chamados isotiocianatos, que nós acreditamos serem os responsáveis pelas ações de prevenção do câncer e anticarcinogênicas desses vegetais. O brócolis tem a maior quantidade de isotiocianato," diz ela.

Inibição da divisão celular

Os pesquisadores descobriram que um composto dessa família, chamado sulforafano, é responsável pela inibição da proliferação das células tumorais por meio de um mecanismo que opera de forma similar à dos medicamentos anticâncer taxol e vincristine.

Assim como estas drogas quimioterápicas, o sulforafano inibe a divisão celular durante a mitose. Mitose é o processo no qual o DNA duplicado na forma de cromossomos é distribuído precisamente entre as duas células filhas quando uma célula se divide.

Ação menos tóxica

A grande vantagem de se comer brócolis, ou os demais vegetais, é que, neles, a concentração de sulforafano é muito mais baixa, tornando a ação muito menos tóxica do que a aplicação dos medicamentos.

"O sulforafano pode ser um agente eficaz na prevenção do câncer porque ele inibe a proliferação e mata as células pré-cancerosas," diz a pesquisadora.

É possível também que o composto natural possa vir a ser usado como complemento ao taxol e a outros medicamentos similares para aumentar a eficácia na destruição das células tumorais sem aumentar a toxicidade da quimioterapia.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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