25/04/2018

Visor detecta derrame em segundos com 92% de eficiência

Redação do Diário da Saúde
Visor detecta derrame em segundos com 92% de eficiência
O aparelho analisa o cérebro usando ondas de rádio, detectando a emergência de oclusões em vasos sanguíneos importantes. [Imagem: Christopher P Kellner et al. - 10.1136/neurintsurg-2017-013690]

Oclusões no cérebro

Um sensor usado como uma viseira consegue detectar o surgimento de obstruções em vasos sanguíneos - oclusões - em pacientes com suspeita de AVC (acidente vascular cerebral, ou derrame) com 92% de precisão.

Em comparação, o exame físico padrão alcançou entre 40 e 89% de precisão na identificação de pacientes com oclusão de grandes vasos que poderiam se beneficiar da terapia endovascular.

O aparelho permite que os pacientes sejam atendidos por equipes de emergência ou em prontos-socorros comuns e, aqueles com oclusões em vasos sanguíneos importantes, podem então ser encaminhados para um centro especializado.

Terapia endovascular

A terapia endovascular em 24 horas é o padrão de tratamento para a oclusão emergente de grandes vasos, mas a chance de alcançar um bom resultado diminui em aproximadamente 20% para cada hora que passa antes do tratamento.

Os pesquisadores esperam que o aparelho economize um tempo valioso quando for usado por pessoal médico de emergência, incluindo atendimentos locais.

"A transferência entre hospitais leva muito tempo. Se pudermos dar a informação ao pessoal de emergência no campo de que se trata de uma oclusão de grandes vasos, isso deve indicar a eles a que hospital devem se dirigir," disse o Dr. Raymond Turner, da Universidade Médica da Carolina do Sul, chefe da equipe que desenvolveu o aparelho.

Espectroscopia volumétrica

A tecnologia por trás do aparelho chama-se espectroscopia volumétrica por deslocamento de impedância de fase e consiste em enviar ondas de rádio de baixa energia através do cérebro; essas ondas mudam de frequência quando passam por fluidos.

As ondas são refletidas de volta através do cérebro e, em seguida, detectadas pelo aparelho. Quando um paciente está tendo um derrame grave, os fluidos do cérebro mudam, produzindo uma assimetria nas ondas de rádio que são detectadas. Quanto maior a assimetria, mais grave é o derrame.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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