26/06/2013

Dispara número de acidentes com pessoas que andam falando ao celular

Redação do Diário da Saúde
Dispara número de acidentes com pessoas que andam falando ao celular
O número de acidentes de pedestres falando ao celular disparou. E os dados só contemplam os casos graves, atendidos em serviços de emergência.
[Imagem: Ed Maceyko]

Falar ao celular não é arriscado apenas para os motoristas, ainda que estes estejam usando o viva-voz.

Mais de 1.500 pedestres foram atendidos em prontos-socorros em 2010 por lesões relacionadas ao uso de um telefone celular durante a caminhada.

O número dessas lesões mais do que duplicou desde 2005, ainda que o número total de lesões de quedas por pedestres tenha caído durante esse período.

Todos os dados referem-se apenas aos EUA - ainda não existem pesquisas em larga escala sobre o assunto.

E os pesquisadores acreditam que o número real de pedestres feridos ao cair por distração ao falar ao celular na verdade é muito maior do que estes resultados sugerem - principalmente ferimentos leves, que não os levam ao hospital.

"Se as tendências atuais continuarem, eu não ficaria surpreso se o número de lesões de pedestres causadas por telefones celulares dobrasse de novo entre 2010 e 2015,", disse Jack Nasar, coautor do estudo e professor da Universidade Estadual de Ohio.

Perigo de andar falando ao celular

"O papel dos celulares em lesões e mortes de motoristas tem recebido muita atenção, e com razão, mas é preciso considerar que o uso do telefone celular representa perigo também para os pedestres," completou.

Os jovens com idades entre 16 e 25 anos são os mais propensos a sofrer lesões como pedestres distraídos, e a maioria deles foi ferida enquanto falava ao celular, e não quando enviava mensagens de texto.

Os tipos de lesões causadas pela distração ao falar ao celular são os mais variados.

Um garoto de 14 anos, por exemplo, andando por uma estrada enquanto falava em um telefone celular, caiu de uma ponte de 2,5 metros em uma vala cheia de pedras, sofrendo lesões no ombro e no peito.

Um homem de 23 anos foi atropelado por um carro enquanto andava na linha que divide as pistas de uma estrada, falando ao celular, o que resultou em lesões no quadril.

Entre todos os acidentes, falar ao celular esteve envolvido em 69% dos acidentes com lesões, em comparação com enviar mensagens de texto, que representaram apenas 9%.

Os pesquisadores acreditam que a taxa de acidentes envolvendo enviar mensagens de texto é menor não porque enviar mensagens de texto seja necessariamente mais seguro do que falar e andar. Em vez disso, provavelmente é porque poucas pessoas realmente enviam mensagens de texto enquanto andam a pé.

Siga o Diário da Saúde no Google News

Ver mais notícias sobre os temas:

Acidentes

Ossos e Articulações

Relacionamentos

Ver todos os temas >>   

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.