01/04/2010

Algas marinhas superam todos os tratamentos para emagrecer

Agência Fapesp
Algas marinhas superam todos os tratamentos contra obesidade
Estudo reforça que algas marinhas têm elevado potencial de reduzir a absorção de gordura pelo organismo. As fibras de algoa foram testadas em pães.
[Imagem: NOAA]

Algas para emagrecer

Algas marinhas podem se tornar uma importante alternativa contra a epidemia de obesidade.

A conclusão é de uma pesquisa feita no Reino Unido e apresentada na reunião da American Chemical Society, em San Francisco, na semana passada.

O estudo verificou que as algas têm potencial de reduzir a quantidade de gordura pelo organismo em cerca de 75%.

Pães com fibras

Os pesquisadores, da Universidade de Newcastle, adicionaram fibras obtidas das algas em pães, de modo a desenvolver alimentos que ajudem a perder peso ao serem consumidos.

Com o uso de um sistema digestivo artificial, os cientistas testaram a eficácia de mais de 60 tipos de fibras naturais ao medir a quantidade de gordura que era digerida e absorvida em cada caso.

As algas apresentaram o melhor resultado.

O que são alginatos

O grupo liderado por Iain Brownlee e Jeff Pearson observou que o alginato, a fibra natural encontrada nas algas, diminui a absorção de gordura pelo organismo de modo muito mais eficiente do que a maioria dos tratamentos atuais contra obesidade.

Alginatos são comumente usados como espessante ou estabilizante em alguns tipos de alimentos. Segundo os pesquisadores, quando adicionados à massa de pães em testes cegos, os produtos resultantes foram considerados melhores do que o pão branco comum com relação à textura e gosto.

"Os alginatos têm um grande potencial para o uso no controle de peso e, quando adicionados aos alimentos, oferecem a vantagem adicional de ampliar a quantidade de fibra", apontou.

"Obesidade é um problema que não para de crescer e muitas pessoas acham difícil seguir uma dieta ou um programa de exercícios físicos com o objetivo de perder peso", disse Brownlee.

Fibra natural de alga

A próxima etapa da pesquisa será verificar, por meio de experimentos com voluntários, se os resultados observados no laboratório podem ser reproduzidos em circunstâncias normais.

"Verificamos que o alginato reduz significativamente a digestão de gorduras. Isso sugere que se pudermos adicionar essa fibra natural a produtos ingeridos diariamente - como pão, biscoitos ou iogurte - até três quartos da gordura contida nessa refeição podem simplesmente passar pelo corpo sem serem absorvidos", disse Brownlee.

A pesquisa é parte de um projeto de três anos financiado pelo Biotechnology and Biological Sciences Research Council, do Reino Unido.

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