03/04/2014

Coração feminino precisa de mais cuidados contra doenças cardiovasculares

Com informações da Agência Brasil

Coração feminino

As doenças cardiovasculares causam mais mortes nas mulheres do que nos homens por uma questão anatômica.

"As coronárias nas mulheres são mais finas. Elas são mais propensas a sofrerem alterações. Ou seja, você vai ter uma menor proteção no leito coronariano da mulher," explica a cardiologista Ana Patrícia Nunes de Oliveira, da Sociedade de Cardiologia do Estado Rio de Janeiro.

Até os 50 anos de idade, as mulheres têm uma proteção natural do hormônio estrógeno.

Quando entram no período de menopausa, contudo, começam a aumentar a incidência dos casos de doença cardiovascular. "É o ambiente hormonal que protege a mulher e ela deixa de ter essa proteção fisiológica," diz a médica.

Ela observa, porém, que o problema pode ocorrer mesmo em mulheres mais jovens.

Fatores típicos da vida moderna, como estresse, sobrepeso, fumo e ansiedade contribuem para o aumento de casos de doenças cardiovasculares nas mulheres.

O acúmulo de tarefas pelas pessoas do sexo feminino, dentro e fora de casa, faz com que as mulheres tenham uma resistência orgânica menor que os homens, embora elas tenham uma resistência física e psíquica maior. "Mas do ponto de vista anatômico, elas terminam sendo mais vulneráveis".

Há, ainda, a influência da gestação que pode resultar em doenças hipertensivas que aumentam a probabilidade de a mulher vir a se tornar hipertensa no futuro, "que está muito relacionada com o sobrepeso", disse Ana Patricia.

Prevenção

Mas, se não se pode alterar a anatomia ou eventuais riscos de origem genética, é possível fazer muito como prevenção.

"Precisa ter a pressão bem controlada, nos níveis ditos normais de 12 por 8. É preciso ter o controle adequado da glicemia, dos níveis de colesterol, orientação nutricional, orientação da perda e manutenção da perda de peso. São fatores muito básicos, de atenção primária à saúde, mas que precisam ficar muito bem esclarecidos, porque é a manutenção dos valores no longo prazo que vão começar a ter impacto na redução das doenças cardiovasculares," concluiu ela.

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