
O Facebook ajuda as pessoas a se sentirem mais conectadas, mas isso não significa necessariamente torná-los mais felizes.
Na verdade, o uso do Facebook prediz um declínio no bem-estar do usuário, segundo o primeiro estudo publicado a examinar a influência do Facebook sobre a felicidade e a satisfação das pessoas - o que já havia sido mostrado é que, quanto mais amigos no Facebook, maior é o estresse.
Os cientistas da Universidade de Michigan (EUA) publicaram seus resultados na revista científica PLoS ONE.
"Na aparência, o Facebook fornece um recurso inestimável para preencher a necessidade humana básica de conexão social," disse Ethan Kross, autor principal do artigo. "Mas, ao invés de melhorar o bem-estar, descobrimos que o uso de Facebook prevê o resultado oposto - ele mina o bem-estar."
"Este é um resultado de extrema importância porque vai ao cerne da influência que as redes sociais podem ter na vida das pessoas," disse John Jonides, outro autor do estudo.
Facebook e felicidade
Os pesquisadores avaliaram adultos jovens, que são o principal público do Facebook. Todos tinham contas no Facebook e podiam acessá-lo por seus telefones inteligentes.
Eles usaram o Método da Amostragem da Experiência (MAE) - uma das técnicas mais confiáveis para medir como as pessoas pensam, sentem e se comportam de momento a momento em suas vidas diárias - para avaliar o seu bem-estar subjetivo ao postar mensagens na rede social em momentos aleatórios, cinco vezes por dia, durante duas semanas.
A principal conclusão é que, quanto mais as pessoas usaram o Facebook durante um período de tempo, pior elas se sentiam posteriormente.
Os autores também pediram aos voluntários para avaliar o seu nível de satisfação com a vida no início e no final do estudo.
Eles descobriram que, quanto mais os participantes usaram o Facebook durante o período de estudo de duas semanas, mais seus níveis de satisfação com a vida diminuíram no mesmo período.
Interação face-a-face aumenta felicidade
É importante ressaltar que os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência de que interagir diretamente com outras pessoas via telefone ou face-a-face tenham influenciado negativamente o bem-estar.
Em vez disso, eles descobriram que as interações diretas com outras pessoas levaram os voluntários a se sentirem melhor ao longo do tempo.
Os pesquisadores também não encontraram nenhuma evidência para duas possíveis explicações alternativas para a constatação de que o Facebook mina a felicidade.
A primeira é que as pessoas não eram mais propensas a usar o Facebook quando estavam se sentindo mal.
A segunda é que, embora as pessoas se mostrassem mais propensas a usar o Facebook quando estavam sós, a solidão e o uso do Facebook funcionaram como preditores independentes de quanto os participantes posteriormente se sentiam felizes, ou seja, as duas coisas não apontavam para os mesmos resultados.
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