08/11/2013

Por que os formados em ciências humanas têm maior empregabilidade?

Redação do Diário da Saúde

Ao sair da faculdade, quais formandos você acha que terão maior probabilidade de conseguir um emprego rapidamente: quem se formou em física, química ou biologia, ou um estudante que esteja saindo de cursos como sociologia, ciências sociais ou geografia?

Se você acha que quem se forma em profissões das chamadas Ciências Humanas tem mais chance de entrar em outro curso para fazer um concurso público do que encontrar imediatamente um emprego em sua própria área de formação, pode começar a rever seus conceitos.

Uma pesquisa sobre onde e como trabalham pessoas que saíram da faculdade revelou resultados surpreendentes.

Socialização dos cientistas

Quem se forma em Ciências Humanas não apenas tem maior nível de emprego, como também alcança postos mais elevados do que seus colegas das chamadas "ciências duras".

Na verdade, uma grande proporção dos formados nas áreas tipicamente conhecidas como "científicas", como física, química e biologia é que acaba trocando o jaleco dos laboratórios pelo trabalho social.

"Normalmente se pensa que aqueles que estudam ciências sociais na universidade provavelmente acabarão em carreiras no ensino ou no trabalho social. Na verdade, a proporção de diplomados em ciências sociais que trabalham nestas áreas é muito menor do que a proporção de diplomados em ciências," revela o professor James Wilsdon, da Universidade de Sussex, na Inglaterra.

Segundo ele, o relatório "O que os Graduados em Ciências Sociais fazem?" mostra um elevado nível de empregabilidade desses estudantes 3,5 anos após a formatura: 84% estão trabalhando, contra 78% dos graduados em ciências e 79% daqueles que se formaram em artes.

E muitos mais licenciados em ciências sociais estão empregados em cargos de nível superior do que seus colegas de ciências ou artes.

"Enquanto 7,6% dos diplomados em ciências sociais estão trabalhando como gerentes, diretores e altos funcionários três anos e meio depois de se formar, apenas 3,6% dos diplomados em ciências alcançam estes níveis no mesmo período," diz Wilsdon.

"É toda uma evidência empírica que contraria o mito de que os cursos de ciências sociais não oferecem boas perspectivas de carreira. Longe de empurrar os currículos dos sociólogos, cientistas políticos, geógrafos e outros para o fundo da pilha, os empregadores experientes estão fazendo fila para recrutar candidatos treinados para entender as pessoas, instituições e processos de mudança - habilidades que os graus de ciências sociais fornecem em profusão," conclui o professor Wilsdon.

O relatório completo, em inglês, pode ser lido aqui.

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