29/10/2013

A guerra não é inevitável, e a Psicologia pode ajudar

Redação do Diário da Saúde
A guerra não é inevitável, e a Psicologia pode ajudar
Mandela (esquerda) e Ghandi (direita), dois líderes pela paz citados pelos pesquisadores. Recentemente, o Brasil subiu nove posições no ranking global da paz.
[Imagem: Wikipedia]

Psicologia pela paz

A guerra não é inevitável e a Psicologia pode e deve promover a paz e a não-violência.

E a contribuição da Psicologia pode ir além de compreender as origens e a natureza da violência, ela pode ativamente promover a paz.

É o que defendem Bernhard Leidner, Linda Tropp e Brian Lickel, da Universidade de Massachusetts (EUA).

Segundo eles, se a pesquisa em Psicologia Social focar apenas em como suavizar as consequências negativas da guerra e da violência, isso significaria ficar "muito aquém do seu potencial e do seu valor para a sociedade."

"Nós nos opomos à ideia de que a guerra é inevitável, e argumentamos que compreender as raízes psicológicas do conflito pode aumentar a probabilidade de evitar a violência como forma de resolver os conflitos com os outros," resume Tropp.

Líderes pela paz

Os líderes políticos podem ser importantes para mostrar às pessoas diferentes caminhos e alternativas ao confronto violento, apontam os pesquisadores.

E é nisso que a Psicologia pode ajudar, oferecendo abordagens voltadas para as alternativas pacíficas e de negociação.

Eles mencionam Nelson Mandela, um líder que ofereceu aos sul-africanos um exemplo de como lidar com a herança do apartheid sem recorrer a mais violência, por meio de declarações tais como: "Se você quiser fazer as pazes com seu inimigo, você tem que trabalhar com seu inimigo. Então, torne-se seu parceiro."

Mahatma Ghandi foi outro exemplo de liderança pela paz, levando a Índia à independência por meio da desobediência civil, sem confronto com o poder imperial inglês.

Paz na mídia

Os pesquisadores destacam que a não-violência tem recebido muito menos atenção da mídia e dos próprios pesquisadores - mas afirmam que isso deve mudar.

A equipe clama a seus colegas acadêmicos a considerarem fatores que aumentam a empatia e a compreensão dos outros, junto com fatores que aumentam a capacidade de avaliação crítica dos valores internos de cada grupo envolvido nas disputas.

"A pesquisa que investiga a forma de atenuar as consequências da guerra e da violência é valiosa", e os estudos que eles analisam em seu artigo, baseados em "ideias realistas", dão suporte à visão de que a Psicologia pode ser aplicada para promover a paz.

"Nosso argumento é que a Psicologia pode e deve ser aplicada para promover a paz, não a guerra," concluem os pesquisadores.

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