08/08/2016

LED é mais eficiente que medicamento contra candidíase oral

Com informações da Agência Fapesp
LED é mais eficiente que medicamento contra candidíase oral
A terapia fotodinâmica eliminou as lesões mais rapidamente - 24 horas após o término do tratamento.
[Imagem: CePOF]

Luz contra sapinho

O uso de pequenas lâmpadas de LED associadas a um composto fotossensibilizante mostrou-se mais eficaz do que medicamentos antifúngicos para tratar a candidíase oral.

A candidíase oral é uma doença causada pelo fungo Candida albicans, que causa lesões, manchas e rachaduras na lateral da boca e atinge, prioritariamente, crianças, idosos e pessoas com o sistema imunológico debilitado - a doença é popularmente conhecida como "sapinho".

O uso contínuo de antifúngicos pode resultar no desenvolvimento de espécies de Candida com resistência aos medicamentos, o que as torna mais difíceis de combater com os remédios existentes.

Por isto, físicos e médicos da UNESP (Universidade Estadual Paulista) de Araraquara e da USP em São Carlos estão desenvolvendo uma terapia alternativa, baseada no uso de luz para ativar um fármaco especial.

LED com fotoditazina

Para tratar as lesões, os pesquisadores usaram fotoditazina (PDZ), um fotossensibilizador composto por um sal de glucosamina de clorina solúvel em água, associado à aplicação de uma luz vermelha emitida por LED.

Essa terapia, chamada fotodinâmica, foi comparada com a aplicação do medicamento nistadina. Os experimentos foram feitos em animais de laboratório e os tratamentos foram administrados uma vez ao dia, durante cinco dias consecutivos.

Os dois métodos foram igualmente eficazes para inativar o fungo. A terapia fotodinâmica, porém, eliminou as lesões mais rapidamente - 24 horas após o término do tratamento -, enquanto o grupo tratado com nistadina apresentou apenas remissão parcial das lesões.

Os pesquisadores da Unesp estão agora testando o tratamento à base de luz e fotoditazina em 60 pacientes idosos. "Clinicamente foi observado que, ao final das aplicações, houve remissão completa das lesões em alguns pacientes," adiantou Ana Cláudia Pavarina, coordenadora do estudo, que ainda está em andamento.

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