14/04/2014

Órgão vivo é regenerado pela primeira vez

Redação do Diário da Saúde
Órgão vivo é regenerado pela primeira vez
Após o tratamento, o órgão regenerado apresentava uma estrutura semelhante à encontrada em um camundongo jovem.
[Imagem: Nicholas Bredenkamp et al./Development]

Tratamentos médicos capazes de rejuvenescer partes do corpo deram um passo decisivo nos últimos dias.

Nicholas Bredenkamp e seus colegas da Universidade de Edimburgo (Reino Unido) conseguiram regenerar um órgão vivo pela primeira vez.

Usando cobaias, a equipe reconstruiu o timo, um órgão do corpo localizado ao lado do coração, que produz células imunológicas importantes.

O timo se deteriora com a idade, o que os cientistas acreditam explicar por que as pessoas mais velhas são mais suscetíveis a infecções, como gripes.

Restaurando o timo

No experimento, foi reativado um mecanismo natural que deixa de funcionar com a idade, essencialmente rejuvenescendo o timo de camundongos com idade avançada.

Após o tratamento, o órgão regenerado apresentava uma estrutura semelhante à encontrada em um camundongo jovem.

A função do timo também foi restaurada e os animais começaram a produzir mais glóbulos brancos chamados linfócitos T, que são essenciais para combater infecções.

O avanço poderá abrir o caminho para novas terapias para humanos com sistemas imunológicos danificados e condições genéticas que afetam o desenvolvimento do timo.

No entanto, ainda não está claro se o sistema imunológico dos animais foi melhorado.

Timo humano

Os pesquisadores trabalharam sobre uma proteína produzida pelas células do timo chamada Foxn1, que ajuda a controlar a forma como genes importantes são ligados.

Ao aumentar os níveis de Foxn1, a equipe instruiu células similares às células-tronco para reconstruir o órgão.

"Nossos resultados sugerem que alvejar a mesma via em humanos pode melhorar a função do timo e, portanto, aumentar a imunidade em pacientes idosos, ou naqueles com um sistema imunológico deficiente. Entretanto, antes de testar isso em humanos, precisamos realizar mais pesquisas para garantir que o processo pode ser bem controlado," disse a Dra Clare Blackburn, responsável pela pesquisa.

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