05/08/2015

Pacientes com paralisia movem as pernas sem cirurgia

Redação do Diário da Saúde
Pacientes com paralisia movem as pernas sem cirurgia
"Estes resultados encorajadores fornecem mais evidências de que a lesão medular pode já não significar uma sentença de paralisia por toda a vida."
[Imagem: Edgerton lab/UCLA]

Estimulação elétrica

Cinco homens com paralisia motora completa foram capazes de gerar voluntariamente movimentos similares ao passo para andar, graças a uma nova estratégia não-invasiva de estimulação elétrica na medula espinhal.

Até agora, todos os tratamentos experimentais desse tipo usaram um dispositivo de estimulação elétrica implantado cirurgicamente na medula espinhal.

A nova estratégia, chamada estimulação transcutânea, dispara uma pequena corrente elétrica na medula espinhal por meio de eletrodos colocados estrategicamente sobre a pele da parte inferior das costas.

Isso amplia para nove o número de indivíduos completamente paralisados que conseguiram executar movimentos voluntários durante a recepção da estimulação da coluna vertebral, embora esta seja a primeira vez que o estímulo foi aplicado de forma não-invasiva.

Fim da paralisia?

No primeiro teste da nova técnica, os movimentos ocorreram enquanto as pernas dos pacientes ficavam suspensas por cintas que pendiam do teto, o que lhes permitia mover-se livremente, sem resistência da gravidade e sem risco de quedas.

O movimento nesse ambiente controlado não é comparável a andar, mas os resultados sinalizam progressos significativos para o eventual objetivo de desenvolver uma terapia para uma ampla gama de indivíduos com lesão medular.

"Estes resultados encorajadores fornecem mais evidências de que a lesão medular pode já não significar uma sentença de paralisia por toda a vida, e indica a necessidade de mais pesquisas," disse Roderic Pettigrew, diretor de Biomédica e Bioengenharia dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.

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