05/01/2018

Pessoas querem viver mais - se tiverem boa saúde

Redação do Diário da Saúde
Pessoas querem viver mais - se tiverem boa saúde
Adicione a vida aos anos, e não apenas anos à vida.
[Imagem: Divulgação/University of Kansas]

Vida longa e saudável

A longevidade é um objetivo geral, das pessoas, dos médicos e da política de saúde pública.

Individualmente, contudo, a maioria das pessoas só quer viver vidas mais longas se seus anos adicionais forem saudáveis.

"As pessoas em três culturas diferentes no mundo mostraram-se relutantes em especificar quantos anos a mais querem viver. Para mim, isso é interessante porque a longevidade é um objetivo de saúde pública tão valorizado, mas, em nível individual, vidas mais longas são um objetivo 'somente se eu permanecer saudável'," conta David Ekerdt, professor de gerontologia da Universidade do Kansas (EUA).

Ekerdt liderou um estudo qualitativo que envolveu entrevistas com pessoas com 62 anos ou mais que vivem na Alemanha, China e Estados Unidos.

Os resultados dessas entrevistas reforçam resultados anteriores, que revelaram que os adultos mais velhos - em várias culturas - pensam na vida não como um contínuo de tempo homogêneo, mas como um tempo segmentado em diferentes estágios.

Idades da vida

Os pesquisadores classificam a visão do tempo que as pessoas têm em relação às suas vidas em quatro "idades", ou estágios da vida, que incluem a bem conhecida terceira idade, que equivale a uma aposentadoria ativa, onde as pessoas encerram suas tarefas junto ao trabalho tradicional e aos papéis de criação da família. Mas há também uma quarta idade.

"As pessoas parecem ver uma parte do futuro como desejada e outra como não desejada, tipicamente a 'quarta idade', que é basicamente o período em que se pode experimentar uma deficiência ou um potencial declínio da saúde," descreve Ekerdt.

De forma um tanto interessante, cerca de um terço dos entrevistados não expressou aspirações por uma vida mais longa. "Alguns sentem que suas vidas já chegaram a um estágio de compleção, e outros como uma forma de aceitação do destino," disse Ekerdt.

Um número maior de entrevistados mencionou que queriam estender suas vidas. No entanto, menos da metade desse grupo apontou uma quantidade específica de anos que desejariam viver a mais. A opinião mais forte nesse grupo foi o desejo de viver mais tempo se mantivessem sua saúde atual ou o que eles consideravam níveis aceitáveis de saúde.

Valores profundos

Uma implicação importante desses fatos para os promotores da saúde pública e os gerontologistas é que, ao discutir políticas relacionadas ao envelhecimento, não se deve focar apenas na longevidade, mas também no estresse quanto à saúde e na qualidade de vida.

"Slogans como 'Adicione a vida aos anos, e não apenas anos à vida', parecem coincidir com as intenções dos idosos nessas três nações porque eles estão dizendo algo que parece vir do mais profundo da cultura humana," concluiu Ekerdt.

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