13/11/2017

Pijamas iluminados tratam icterícia com o bebê no colo da mãe

Redação do Diário da Saúde
Pijamas iluminados tratam icterícia com o bebê no colo da mãe
Juntamente com os fios convencionais, as fibras ópticas são tecidas em um material de cetim que distribui a luz uniformemente em todo o tecido.
[Imagem: Empa]

Tratamento para icterícia

O tratamento para a inconveniente icterícia nada tem a ver com o que as mães sonham para o seu bebê logo após o nascimento: ele é deixado sozinho, nu, com os olhos cobertos por proteção, dentro de uma incubadora.

Mas o tratamento logo não precisará mais ter esse aspecto quase desumano, graças ao trabalho da equipe do professor Luciano Boesel, do Laboratório Federal Suíço de Ciência e Tecnologia de Materiais.

A irradiação com luz azul é necessária porque os produtos tóxicos da decomposição da hemoglobina no sangue são depositados na pele nos recém-nascidos com icterícia.

Usando uma tecnologia nova, chamada de tecidos fotônicos, os pesquisadores fabricaram pijamas que transformam o tratamento de icterícia em uma experiência de bem-estar tanto para o bebê quanto para a mãe.

Tecidos de luz

A equipe suíça criou tecidos cujos fios são intercalados com fibras ópticas. Juntamente com os fios convencionais, as fibras ópticas são tecidas em um material de cetim que distribui a luz uniformemente em todo o tecido. Todas as características do cetim são mantidas porque as fibras ópticas medem apenas 160 micrômetros de diâmetro.

Um detalhe essencial foi determinar o ângulo apropriado com que os fios devem se inclinar durante a tecelagem, de modo que a luz azul permaneça na faixa de comprimento de onda terapêutica e seja emitida para a pele do bebê, em vez de se perder no meio do tecido.

Os têxteis fotônicos tecidos dessa maneira podem ser usados para criar roupas, pijamas ou mesmo sacos de dormir, para que o pequeno paciente seja mantido vestido e possa ser alimentado. E como essas roupas e acessórios são fabricados para irradiar a luz apenas para dentro, sobre a pele do bebê, já não é necessário que o recém-nascido use uma máscara protetora nos olhos.

A expectativa dos pesquisadores é que a indústria possa se interessar pela tecnologia e colocá-la à disposição do público o quanto antes.

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