22/08/2016

Plasma frio melhora formação e recuperação óssea

Redação do Diário da Saúde
Plasma frio é usado para controlar formação óssea
O plasma pode ser configurado para acelerar ou inibir a recuperação e a formação de novos ossos.
[Imagem: Theresa Freeman Lab/Thomas Jefferson University]

Ossos com plasma

O plasma frio, uma tecnologia já largamente utilizada em odontologia e no combate a infecções, pode também promover ou inibir a formação óssea.

A descoberta foi feita pela equipe da Dra Theresa Freeman, da Universidade Thomas Jefferson (EUA).

"Nós mostramos que a matriz tratada com plasma frio gerado usando pulsos de microssegundos promove a diferenciação das células em cartilagem e aumenta a formação óssea," contou Theresa. "Por outro lado, mostramos que a matriz tratada com plasma frio gerado usando pulsos de nanossegundos inibe a diferenciação celular e a formação óssea."

Ou seja, o plasma frio pode ser "afinado" para promover ou para inibir as interações células/matriz que levam à formação óssea, o que pode ter impacto considerável no desenvolvimento de novos tratamentos para reabilitação em caso de fraturas e na prevenção de doenças como a osteoporose.

Plasma frio na Medicina

Nós interagimos com o plasma a todo momento. Ele está nas lâmpadas fluorescentes, nos raios, na aurora boreal e até em algumas televisões. Contudo, todos estes são exemplos de plasmas quentes, ou "térmicos".

Já o plasma não-térmico, ou frio, é qualquer plasma que não está em equilíbrio termodinâmico. Desde sua descoberta, há cerca de 20 anos, ele tem sido utilizado para esterilizar frutas sem danificá-las. Mais recentemente, médicos e cientistas têm realizado experimentos com células vivas e tecidos animais para saber mais sobre as potenciais aplicações do plasma frio na Medicina.

"Conforme as pesquisas com as aplicações médicas do plasma frio se expandem, será importante estudar vários tipos de plasma e condições [de aplicação] em modelos de tecido, em vez de células isoladas," recomenda a Dra Theresa.

"Como o plasma frio afeta cada tipo de célula e matriz proteica para produzir efeitos fisiológicos variáveis, é importante estudar não apenas como cada célula se comporta quando exposta, mas como elas reagem em conjunto dentro do tecido e do ambiente do organismo," concluiu.

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