17/11/2015

Protetores solares podem causar câncer de pele, anuncia Universidade

Redação do Diário da Saúde
Protetores solares podem causar câncer de pele?
Também já se sabia que os protetores solares podem causar alergias em algumas pessoas.
[Imagem: FDA/Michael J. Ermarth]

Efeitos colaterais hormonais

Você acredita que os filtros e protetores solares ajudam a diminuir o risco de que você tenha câncer de pele, protegendo seu organismo dos raios ultravioleta?

Infelizmente, essa parece não ser a verdade completa.

Em um comunicado à imprensa, a renomada Universidade de Yale, uma das mais importantes dos EUA, anunciou que há "graves problemas de saúde associados com os protetores solares vendidos comercialmente".

"A maioria dos protetores solares comerciais é boa na prevenção de queimaduras solares, mas eles podem ir abaixo da superfície da pele e entrar na corrente sanguínea. Como resultado, eles apresentam possíveis efeitos colaterais hormonais e podem até mesmo estar promovendo o tipo de câncer de pele que eles foram projetados para prevenir," diz a nota da Universidade.

Já se sabia que os protetores solares não oferecem uma proteção total contra o câncer de pele e que pelo menos um componente dos protetores solares pode causar endometriose, mas nunca havia sido anunciado nada de forma tão ampla quanto agora.

Denúncia com interesses

E por que só agora os cientistas vieram a público fazer esse alerta?

Porque a Universidade queria anunciar a descoberta de uma nova forma de proteção solar, que ela alega ser superior ao que vem sendo vendido à população até agora.

Em outras palavras, por terem eventualmente descoberto uma forma mais eficaz de evitar o câncer de pele, os cientistas agora dizem que o que se acreditava proteger as pessoas dos raios ultravioleta na verdade possui efeitos colaterais que podem de fato aumentar o risco do câncer de pele.

Danos indiretos

"Se os agentes de um protetor solar penetram na pele, esta mudança química pode causar danos celulares e, potencialmente, facilitar o câncer de pele," confirma a nota da Universidade de Yale.

"Os protetores solares químicos comerciais protegem contra os riscos de danos diretos dos raios ultravioleta ao DNA, mas não contra os indiretos," afirma o Dr. Michael Girardi, professor de dermatologia da Faculdade de Medicina de Yale. "Na verdade, o dano indireto foi pior quando nós usamos o protetor solar comercial."

Segundo a nota da Universidade, "estudos anteriores encontraram vestígios dos compostos químicos presentes nos protetores solares comerciais na corrente sanguínea, urina e leite materno dos usuários. Há evidências de que estes produtos químicos causam perturbações no sistema endócrino, como o bloqueio de receptores de hormônios sexuais."

Desconfiança

Todas essas denúncias foram feitas para anunciar que os cientistas da Universidade desenvolveram um filtro solar que não penetra na pele, feito com nanopartículas bioadesivas, que permanecem na superfície da pele.

Contudo, outros estudos também indicam que as nanopartículas em cosméticos e protetores solares podem fazer mal à pele.

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