19/04/2012

Cientistas subdividem câncer de mama em dez tipos diferentes

Com informações da BBC

Cânceres de mama

Há poucos dias, foi descoberta uma nova mutação do câncer de mama.

Agora, em um estudo publicado na revista Nature, um grupo internacional afirma que o câncer de mama de fato não pode ser mais encarado como uma doença única.

Segundo eles, a doença pode ser desdobrada em dez tipos diferentes.

Essa nova categorização poderá melhorar o tratamento, uma vez que cada tipo poderá ter seu próprio tratamento.

10 tipos de câncer de mama

Christina Curtis e seus colegas afirmam que se pode comparar o câncer de mama a um mapa-múndi.

As biópsias atuais têm capacidade de classificar a doença em diferentes "continentes".

Mas as descobertas mais recentes já permitem mapear a doença com um grau de definição muito maior, como se fossem "países".

"O câncer de mama não é uma doença, mas sim dez diferentes doenças", Carlos Caldas, coautor do estudo.

"Nossos resultados abrem caminho para que, no futuro, os médicos possam diagnosticar que tipo de câncer uma mulher tem e os tipos de remédios que vão ou não funcionar, de uma maneira muito mais precisa do que é possível atualmente", acrescenta o pesquisador.

Poucos efeitos imediatos

Os cientistas precisam agora comprovar os benefícios da nova classificação antes que médicos e hospitais de todo o mundo passem a utilizá-la - um processo que pode levar de três a cinco anos.

Além disso, a caracterização de novos tipos da doença poderá exigir o desenvolvimento de medicamentos específicos, um processo que leva ainda mais tempo.

O fato é que hoje só existe uma terapia bem fundamentada para tratar um dos dez tipos de câncer de mama.

Os outros grupos permanecerão com procedimentos genéricos, à base de sessões de quimioterapia e radioterapia.

Tamoxifeno e Herceptin

No momento, os tumores são classificados de acordo com sua aparência sob as lentes de microscópios e exames com "marcadores".

Aqueles identificados com "receptores de estrogênio" deveriam responder a tratamentos que utilizam o tamoxifeno (um modulador seletivo da recepção deste tipo de hormônio) e os classificados com "receptores Her2" deveriam sofrer impacto da terapia com o medicamento Herceptin.

A grande maioria dos tipos de câncer de mama (mais de 70%) responde bem aos tratamentos com hormônios. Entretanto, a reação às terapias varia muito.

"Alguns respondem bem, outros fracassam terrivelmente. Claramente precisamos de uma classificação mais detalhada", diz Caldas.

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