03/04/2012

Trabalho de parto é mais longo agora que há 50 anos

Redação do Diário da Saúde

Trabalho de parto

As mães de hoje estão demorando mais para dar à luz do que as mulheres de 50 anos atrás.

A pesquisa, feita pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, analisou 140.000 partos e comparou as informações sobre a duração do trabalho de parto com dados históricos.

Embora não tenham identificado todos os fatores que possam explicar essa maior duração do trabalho de parto, os cientistas concluíram que a maior explicação pode estar na prática médica dentro da sala de parto.

Partos mais demorados

Os dados mostram que o primeiro estágio do trabalho de parto aumentou 2,6 horas para as mães de primeiro parto.

Para as mães que já tiveram filhos anteriormente por parto normal, esse tempo aumentou em 2 horas.

O primeiro estágio do parto é marcado pela dilatação do cérvice, a porção inferior do útero, antes do início da pressão ativa para saída do bebê.

Diminuição do tempo de gestação

Por outro lado, o tempo total de gravidez diminuiu.

As crianças agora têm nascido, em média, cinco dias antes do que as crianças que nasceram na década de 1960 - praticamente uma semana a menos no tempo de gestação.

Tanto as mães quanto os bebês também agora pesam mais na hora do parto do que há 50 anos - as mães apresentam uma média de índice de massa corporal de 24,9, contra 23 em 1960.

Outro aumento está na idade das mães, em média quatro anos mais velhas do que suas próprias mães, o que apenas parcialmente explica o aumento na duração do trabalho de parto.

"Mulheres mais velhas tendem a demorar mais para dar à luz do que mães mais jovens," disse Katherine Laughon, coordenadora do estudo. "Mas quando levamos a idade maternal em conta, isso não explica completamente a diferença na duração do trabalho de parto."

Anestésicos e hormônio no parto

A principal modificação que os cientistas encontraram na prática médica foi o aumento no uso da anestesia epidural e a injeção de anestésicos no fluido espinhal, para diminuição da dor do parto.

Mais da metade das mães hoje recebem esses anestésicos, contra apenas 4% das mães que davam à luz nos anos 1960.

Hoje os médicos também usam mais um hormônio chamado oxitocina (ou ocitocina) - 31% agora contra 12% em 1960.

A oxitocina é dada para acelerar o parto, comumente quando as contrações parecem ter diminuído.

"Sem [a oxitocina], a duração do parto teria sido ainda maior," disse a pesquisadora.

Esses dois dados - o aumento no uso dos anestésicos e no uso do hormônio - foram os únicos que se correlacionaram com o aumento na duração do trabalho de parto.

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