14/12/2017

Não misture seu emprego com sua vida fora dele

Redação do Diário da Saúde
Não misture seu emprego com sua vida fora dele
É cada vez mais comum que as pessoas esqueçam de si mesmas no trabalho.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Fronteira entre trabalho e vida pessoal

Na vida profissional atual, é frequente que os funcionários respondam os emails relacionados ao trabalho após o horário de expediente, levem seus notebooks consigo no feriado e atendam ao celular corporativo a qualquer hora do dia ou da noite.

Mas essa confusão na fronteira entre o trabalho e a vida pessoal afeta o senso de bem-estar das pessoas e pode levá-las ao esgotamento. Do ponto de vista da empresa também não é um bom negócio, resultando em perda de produtividade.

É o que garante a professora Ariane Wepfer, da Universidade de Zurique, na Suíça.

Wepfer e sua equipe recrutaram 1.916 funcionários de uma ampla gama de setores para participar de um estudo a esse respeito. A maioria era casada (70,3%), a idade média era de 42,3 anos e 55,8% eram homens. A metade dos participantes (50,1%) trabalhava 40 horas ou mais por semana.

Eles foram questionados sobre como gerenciavam os limites entre o trabalho e a vida pessoal - por exemplo, com que frequência eles levavam trabalho para casa, trabalhavam nos fins de semana e pensavam no trabalho nas horas de tempo livre. As questões também envolveram tempo para relaxar após o trabalho, para socializar ou participar de esportes e outros hobbies.

Esgotamento e perda de produtividade

Os resultados mostraram que os trabalhadores que não organizavam uma clara separação entre trabalho e tempo livre eram menos propensos a participar de atividades que poderiam ajudá-los a relaxar e se recuperar das demandas da carreira. Eles estavam, portanto, mais exaustos e experimentavam um menor senso de equilíbrio e bem-estar nos diferentes aspectos-chave de suas vidas.

"Os trabalhadores que integram o trabalho em sua vida fora do trabalho relataram estar mais exaustos porque se recuperam menos. Essa falta de atividades de recuperação explica, além disso, que as pessoas que integram seu trabalho no resto de suas vidas têm uma menor sensação de bem-estar," explicou Wepfer.

A pesquisadora acredita que as empresas deveriam ter políticas e intervenções no local de trabalho para ajudar seus funcionários a segmentar melhor diferentes aspectos de suas vidas, em benefício da própria empresa.

"A política e a cultura organizacionais devem ser ajustadas para ajudar os funcionários a gerenciar seus limites de trabalho e não-trabalho de uma forma que não prejudique seu bem-estar. Afinal, o bem-estar prejudicado vai de mãos dadas com a redução na produtividade e queda na criatividade," concluiu Wepfer.

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