15/01/2015

Sorrir melhora lembrança de um sorriso

Redação do Diário da Saúde
Sorrir melhora lembrança de um sorriso
Sorrir pode até fazer você parecer mais jovem, mas a recomendação é que você sorria apenas quando tiver vontade, sobretudo no trabalho.
[Imagem: Bikkebakke/Wikimedia]

Máscaras de argila

Os sorrisos - e várias outras emoções - são contagiosos, mesmo quando estamos apenas tentando nos lembrar deles.

Esta é a conclusão de pesquisadores que usaram máscaras de argila para "travar" os rostos dos voluntários e estudar como as emoções induzem expressões faciais determinadas.

"Na prática, se vemos alguém sorrindo, tendemos a sorrir também, a fim de apreciar o que a pessoa está sentindo. Nós aplicamos este dado à memória para avaliar se ele também é verdadeiro quando estamos tentando lembrar uma emoção," explica Jenny Baumeister, pesquisadora da Escola Internacional de Estudos Avançados (SISSA - Itália).

A equipe queria avaliar se a encenação de uma expressão emocional - por exemplo, sorrir ou franzir a testa - melhoraria a capacidade de recordar a emoção correspondente.

Emoções e expressão das emoções

Para controlar as expressões faciais dos voluntários, os pesquisadores elaboraram duas condições experimentais: uma em que suas faces eram livres e outra em que eram "bloqueadas" por uma máscara de argila, muito semelhante à utilizada em tratamentos cosméticos.

Os resultados foram claros: o desempenho nas tarefas de lembrar das emoções com o rosto bloqueado pela máscara de argila foi significativamente pior do que com o rosto em estado "livre".

Nós sorrimos para recordar a felicidade, fazemos caretas para nos lembrarmos da dor e franzimos a testa para recordar a raiva. Quando não conseguimos movimentar o rosto, nossa capacidade de recordação cai.

"Os dados confirmam a hipótese de que a 're-execução' do padrão motor associado à emoção ajuda a lembrar aquela emoção. Isto sugere que, mesmo durante a fase de armazenamento das memórias, nós também codificamos a informação motora e a reutilizamos durante a lembrança," explicou Raffaella Rumiati, coautora do estudo publicado na revista Acta Psychologica.

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